quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

13 DE FEVEREIRO - PETER GABRIEL



EFEMÉRIDEPeter Brian Gabriel, autor, compositor e intérprete britânico, um dos maiores representantes da World Music desde o final dos anos 1970, nasceu em Chobham no dia 13 de Fevereiro de 1950. De uma forma geral, a sua carreira está intimamente relacionada à música pop. Começou como vocalista, flautista e líder da banda de rock progressivo Genesis, mas – posteriormente – lançou-se numa bem-sucedida carreira a solo. Peter também é conhecido como activista dos direitos humanos e colaborador de várias causas humanitárias.
Peter Gabriel fundou os Genesis em 1967, juntamente com os seus amigos Tony Banks, Anthony Phillips, Mike Rutherford e Chris Stewart, todos alunos da Charterhouse School, em Godalming. O primeiro álbum do quinteto chamou-se “From Genesis to Revelation”, de cujo título foi tirado o nome do grupo.
Apaixonado pela música soul, Gabriel foi influenciado por diferentes artistas, incluindo Nina Simone, Gary Brooker dos Procol Harum e Cat Stevens. No entanto, as suas maiores influências vieram de dois dos seus contemporâneos: David Bowie e Syd Barrett, este líder dos Pink Floyd, que estavam redefinindo a cena musical britânica no final dos anos 1960 e início dos anos 1970.
Os Genesis tornaram-se rapidamente uma das bandas mais conhecidas do país e, sem demora, conquistaram fãs na Itália, Bélgica, Alemanha e noutros países da Europa. O apelo inicial da banda estava na presença em palco de Gabriel, que se disfarçava com máscaras, maquilhagens e trajes teatrais, representando personagens e símbolos das músicas. Outro recurso que Peter Gabriel usava ao vivo eram as histórias de suspense e humor que ele contava durante as pausas entre as músicas, enquanto os outros integrantes afinavam os instrumentos. Nessa primeira fase dos Genesis, havia uso frequente de luz ultravioleta e bombas de fumo.
O vocal de apoio para Gabriel era geralmente feito por Mike Rutherford, Tony Banks e Phil Collins, que acabou por se tornar vocalista da banda, após a saída de Gabriel em 1975. A sua partida dos Genesis resultou de diversos factores: após sete anos no grupo, Peter sentia-se limitado criativamente e a sua presença teatral nos shows causava atrito com os outros integrantes, pois a imprensa exaltava as suas bizarrices, considerando os outros como simples músicos de apoio ao vocalista.
Gabriel recusou-se a dar um título aos seus primeiros quatro álbuns a solo, todos sendo chamados “Peter Gabriel”, diferindo somente na arte da capa. Promoveu todos os álbuns com tournées, nas quais se notava cada vez mais o emprego de recursos e conceitos originais, coreografias, tecnologia de ponta e também a redução do uso de maquilhagens e da flauta que tanto o tinham celebrizado na época dos Genesis. Para uma das tournées, toda a sua banda rapou o cabelo.
Em Outubro de 1982, Peter Gabriel reuniu-se aos Genesis para um show excepcional, chamado “Six of the Best”, no Estádio Milton Keynes, na Inglaterra. A iniciativa partiu do empresário dos Genesis, Tony Smith, ao saber que Gabriel estava à beira da falência devido a ter patrocinado um festival internacional de artes chamado World of Music, Arts and Dance. Conseguiram a soma necessária para ele normalizar a situação, não ser assassinado (como tinha sido ameaçado), não perder a sua gravadora e editora de música (Real World Records) e levar por diante a sua carreira.
Apesar do sucesso comercial com os álbuns anteriores, a sua maior popularidade veio a ocorrer em 1986, com “So”. As canções “Sledgehammer”, “Big Time” e “In Your Eyes” bateram recordes nos tops de vários países do mundo.
A canção “Sledgehammer” foi acompanhada por um videoclipe inovador, que ganhou diversos prémios nos MTV Music Video Awards de 1987 e estabeleceu um novo padrão para vídeos de música, tendo sido decisiva a sua influência no surgimento da chamada “indústria do videoclipe”. Por esta época, Peter envolveu-se fortemente com as causas da Amnistia Internacional.
Em 1989, lançou “Passion”, a banda sonora do filme de Martin Scorsese “A Última Tentação de Cristo”. Muitos consideram este álbum como o auge de seu trabalho com world music e, com ele, Gabriel ganhou o seu primeiro Grammy.
Em seguida, foi lançado “Us” (1992), que teve como temas alguns dos seus problemas pessoais mais recentes: o fim de seu primeiro casamento, as suas crises de depressão causadas pelo transtorno bipolar, a sua excessiva preocupação com a forma física e a crescente distância entre ele e a sua filha primogénita. Ganhou mais três Grammys pelos seus videoclipes.
Após uma grande paragem, em que se voltou para outros projectos, lançou em Setembro de 2002 “Up”, álbum em que aborda experiências e sentimentos típicos da meia-idade e mistura novos estilos musicais.
Gabriel apresentou-se ao vivo em Julho de 2005 e um DVD do show foi lançado. Também tocou no palco com Cat Stevens. O evento ocorreu em Joanesburgo durante um concerto para Nelson Mandela. No final de 2005, foi lançado um novo DVD duplo, “Peter Gabriel Live & Unwrapped”.
Em 2006 e 2007, recebeu um Q Award e um Ivor Novello Award pelo conjunto da sua carreira. Em Junho de 2007, decidiu fazer uma mini tournée com 22 espectáculos através da Europa.
Calcula-se que tenha vendido até agora mais de 35 milhões de álbuns a solo. Em Dezembro de 2013, foi um dos signatários de uma petição que rogava ao ministro da justiça chinês a libertação de oito cantores tibetanos que estavam detidos na China.

Sem comentários:

Arquivo do blogue

Acerca de mim

A minha foto
- Lisboa, Portugal
Aposentado da Aviação Comercial, gosto de escrever nas horas livres que - agora - são muitas mais...