EFEMÉRIDE
– Jacques Decour (nome que Daniel Decourdemanche utilizou na “Resistência”),
escritor e resistente francês, nasceu em Paris no dia 21 de Fevereiro de 1910.
Morreu no forte de Mont-Valérien em 30 de Maio de 1942, fuzilado pelos
nazis.
Fez
os seus estudos em Paris no Liceu Carnot, onde ficou durante seis anos,
tendo depois passado para o Liceu Pasteur em Neuilly. Começou
em seguida os estudos em Direito, mas mudou mais tarde de orientação,
passando a estudar Literatura Alemã.
Em
1930, publicou o seu primeiro romance “Le Sage et le Caporal”. Em 1931,
foi nomeado professor de Francês na Prússia, no Liceu de Magdebourg.
Escreveu então “Philisterburg”, onde descreveu os riscos que
representava a subida do nacionalismo e do «mito inadmissível da raça».
Este livro, publicado em 1932, fez escândalo em França, onde a opinião pública
recusava levar a sério os sinais ameaçadores que vinham da Alemanha.
Foi
seguidamente nomeado para o Liceu de Reims e aderiu ao movimento da Juventude
Comunista. Partiu depois para Tours, onde ingressou no Partido Comunista
Francês.
Em
1937, tornou-se professor de Alemão em Paris, no Liceu Rollin,
liceu que depois da Libertação se passou a chamar Lycée
Jacques-Decour, em sua homenagem. No mesmo ano, tornou-se chefe de redacção
da revista “Commune”, editada pela Associação dos Escritores e
Artistas Revolucionários, cujo director era Louis Aragon. Alistou-se depois
na Resistência, criando duas revistas: “L'université libre” em
1940 e “La Pensée
libre” em 1941, sendo esta a mais importante publicação francesa durante a
ocupação alemã.
Em
1941, passou a ser o responsável do Comité Nacional dos Escritores, que
projectava a publicação de uma nova revista (“Lettres françaises”), que
ele não chegou a ver publicada, porque em 17 de Fevereiro de 1942 foi preso
pela polícia francesa. Entregue aos alemães, foi fuzilado em 30 de Maio. Na
prisão, à espera da execução, escreveu uma carta à família, uma comovente
mensagem de despedida para aqueles que ele amava. Sabendo que a sua morte
estava próxima e era certa, exprimiu nela a sua confiança na juventude,
persuadido que o seu sacrifício não seria em vão.
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