segunda-feira, 30 de outubro de 2017

30 DE OUTUBRO - ADELAIDE ANNE PROCTER


EFEMÉRIDE - Adelaide Anne Procter, poetisa, editora e filantropa inglesa, nasceu em Bloomsbury no dia 30 de Outubro de 1825. Morreu em Londres, em 2 de Fevereiro de 1864. Trabalhou em prol de uma série de causas, principalmente em defesa das mulheres desempregadas e sem-abrigo, tendo estado envolvida em grupos e jornais feministas. Procter nunca se casou. Sofria de problemas de saúde, possivelmente devido ao seu intenso trabalho de caridade, e morreu de tuberculose aos 38 anos de idade.
A carreira literária de Procter começou quando era ainda adolescente. Os seus poemas foram primeiramente publicados nos periódicos de Charles Dickens, “Household Words” e “All the Year Round”, e mais tarde em forma de livro. O seu labor pró-caridade e a sua conversão ao catolicismo parecem ter influenciado fortemente a sua poesia, cujos temas estão muito ligados à pobreza, aos sem-abrigo e às mulheres marginalizadas.
Procter era a poetisa predilecta da rainha Vitória. A sua poesia passou por inúmeras edições no século XIX. Os seus poemas foram transformados em música e hinos, sendo publicados também nos Estados Unidos e na Alemanha. No entanto, no início do século XX, a sua fama diminuiu e poucos críticos modernos têm dado atenção ao seu trabalho.
Dickens falou muito da inteligência precoce de Adelaide. Para ele, a jovem compreendia sem dificuldade os assuntos que lhe interessavam. Quando ainda era uma menina muito pequena, aprendeu com facilidade vários dos problemas de Euclides. À medida que foi crescendo, aprendeu os idiomas francês, italiano e alemão. Aprendeu a tocar piano e a desenhar. Porém, à medida que superava as dificuldades de qualquer objecto de estudo, perdia interesse pelo que aprendera e passava a outra coisa.
Como leitora ávida, foi em grande parte autodidacta. Contudo, completou os estudos superiores no Queen’s College de Londres, em 1850.
Adelaide Anne demonstrou uma paixão pela poesia desde tenra idade, trazendo sempre consigo, enquanto ainda era criança, um carnet minúsculo, no qual as passagens favoritas de certos poemas eram copiadas para ela pela mãe, antes que ela mesma soubesse escrever. Isto como qualquer outra garotinha traria consigo uma boneca...
Procter publicou o seu primeiro poema quando ainda era adolescente, “Ministering Angels”, que apareceu em “Heath's Book of Beauty” em 1843. Em 1853, apresentou o seu trabalho na revista “Household Words” de Dickens, sob o pseudónimo de Mary Berwick, desejando que ele fosse julgado pelos próprios méritos e não pela relação de amizade de Dickens para com o seu pai. Dickens não soube da real identidade de Berwick até ao ano seguinte. A publicação do poema deu início a uma longa associação de Procter com os periódicos de Dickens. Ao todo, Procter publicou 73 poemas em “Household Words” e sete em “All the Year Round”, a maioria dos quais foi reunida nos seus dois primeiros volumes de poesia, intitulados “Legends and Lyrics”. Foi também editora da revista “Victoria Regia”, que se tornou o paradigma da Victoria Press, uma empresa editorial explicitamente feminista.
Em 1851, Procter converteu-se ao catolicismo e tornou-se extremamente activa em várias causas beneficentes e feministas. O seu terceiro volume de poesia, “A Chaplet of Verses” (1861), foi publicado em benefício de um Abrigo Nocturno Católico para Mulheres e Crianças, fundado em 1860 em Providence Row, no leste de Londres.
Procter adoeceu em 1862, ficou acamada durante um ano e faleceu em 1864.  A sua morte foi descrita pela imprensa como um «desastre nacional». Os seus livros foram reeditados várias vezes em 1881. 

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