terça-feira, 11 de maio de 2021

11 DE MAIO - CLOTILDE ROSA

EFEMÉRIDE - Maria Clotilde Belo de Carvalho Rosa Franco, harpista, educadora e compositora portuguesa, nasceu em Queluz no dia 11 de Maio de 1930. Morreu em Lisboa, em 24 de Novembro de 2017.

Clotilde Rosa era, filha de José Rosa (1895/1939), violinista e tenor, e de Branca Belo de Carvalho Rosa (1906/1940), pianista e harpista. Era a irmã mais nova de Artur Rosa, arquitecto e escultor.

Rosa começou a estudar piano aos dez anos com Ivone Santos e harpa aos doze com Cecília Borba, no Conservatório Nacional de Lisboa. Entre 1960 e 1963, continuou os seus estudos de harpa com várias bolsas, em Amesterdão com Phia Berghout, em Paris com Jacqueline Borot e em Colónia com Hans Zingel. De 1963 a 1966, também participou nos cursos de Verão de Darmstadt, dirigidos por Karlheins Stockhausen, na Alemanha. Após completar os seus estudos, trabalhou como solista de harpa em várias orquestras e conjuntos.

Em 1965, participou no primeiro happening português, Concerto e Audição Pictórica na Galeria Divulgação em Lisboa, ao lado de António Aragão, E. M. de Melo e Castro, Sallette Tavares, Manuel Baptista, Jorge Peixinho e Mário Falcão (outro harpista).

Em 1970, foi co-fundadora do Grupo de Música Contemporânea de Lisboa (GMCL) com o compositor Jorge Peixinho. O grupo tocou música contemporânea em Portugal, no Brasil e por toda a Europa. No final da década de 1970, com Carlos Franco e Luísa de Vasconcelos, formou o Trio Antiqua, que se dedicava à interpretação da música antiga. Rosa integrou ainda a Orquestra Sinfónica do Porto, a Orquestra Sinfónica da Emissora Nacional e colaborou com a Orquestra Nacional do Teatro de São Carlos e com a Fundação Calouste Gulbenkian. Afastou-se da carreira orquestral em 1987.

Entre 1987 e 2000, leccionou na Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa, primeiro em Análise e Técnicas de Composição (1987/1989) e depois em Harpa. Foi a primeira vez que um programa de harpa contemporânea foi ensinado em Portugal.

Rosa divorciou-se do primeiro marido, o pianista e violoncelista Jorge Machado, em 1961. Mais tarde, casou com o flautista Carlos Franco, outro membro do GMCL. Teve três filhos, dois dos quais se tornaram músicos. Clotilde Rosa faleceu aos 87 anos.

Em 1976, começou a escrever como compositora a solo. Por sugestão de Jorge Peixinho, a sua obra “Encontro” para flauta e quarteto de cordas foi levada para o Tribune Internationale de Compositeurs, em Paris, por Joly Braga Santos e Nuno Barreiros. A peça, gravada na RDP, ficou em 10º lugar, entre 60 obras de trinta países diferentes.

Rosa ganhou o 1º Concurso Nacional de Composição de Portugal, com a obra “Variantes I” para flauta a solo.

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