Juntamente com Ralph Richardson e
Laurence Olivier, constituem um trio de actores que dominou os palcos
britânicos durante quase todo o século XX. Membro da família Terry, uma
dinastia teatral, obteve o seu primeiro papel remunerado na companhia de teatro
do seu primo Phyllis Neilson-Terry, em 1922.
Depois de ter estudado na Royal
Academy of Dramatic Art, trabalhou em teatro de repertório e no Teatro
West End, antes de se fixar no Old Vic, como um dos expoentes de
Shakespeare, no período 1929/1931.
Durante a década de 1930,
Gielgud foi uma das estrelas do palco do West End e da Broadway,
surgindo em clássicos e em novas peças.
Gielgud deu início a uma carreira
paralela como director, criando a sua própria companhia no Queen’s Theatre,
em Londres. Foi considerado como o melhor ‘Hamlet’ do seu tempo e também era
conhecido pelos seus personagens de comédia, como John Worthing em “The
Importance of Being Earnest”.
Nos anos 1950, Gielgud
temeu que a sua carreira tivesse sido ameaçada, quando foi condenado e multado
por um delito de natureza homossexual, mas tanto os seus colegas como o público
apoiaram-no com lealdade.
Quando o teatro avant-garde
começou a superar as produções tradicionais do West End, no final da
década de 1950, Gielgud não conseguiu encontrar novos papéis para
desempenhar e, durante vários anos, ficou conhecido no teatro pelas suas
representações a solo de Shakespeare. No final da década de 1960,
encontrou algumas peças teatrais que se adequavam ao seu estilo, de autores
como Alan Bennett, David Storey e Harold Pinter.
Durante a primeira metade da sua
carreira, Gielgud não levou o cinema a sério. Embora tenha feito o seu primeiro
filme em 1924, e de ter tido sucesso com “The Good Companions” (1933) e “Júlio
César” (1953), apenas nos seus 60 anos é que encarou a carreira
cinematográfica mais a sério.
Gielgud participou em mais de
sessenta filmes, desde “Becket” (1964), recebendo a sua primeira
nomeação para os Oscars pelo seu papel como Luís VII de França, em “Elizabeth”
(1998). No papel do sarcástico Hobson em “Arthur” (1981), ganhou o Oscar
de Melhor Actor secundário. Por todo o seu trabalho cinematográfico,
recebeu um Globo de Ouro e dois BAFTA.
Apesar de indiferente aos
prémios, Gielgud teve a rara distinção de ganhar um Oscar, um Emmy,
um Grammy e um Tony. Gielgud ficou famoso, desde o início da sua
carreira, pela sua voz e mestria nas obras de Shakespeare.
Na rádio e na televisão, esteve
em mais de uma centena de programas, entre 1929 e 1994, gravando algumas das
suas peças, incluindo dez de Shakespeare.
Das honras recebidas, destaca-se
a de Cavaleiro em 1953 e o nome dado a um teatro. Entre 1977 e 1989, foi
presidente da Royal Academy of Dramatic Art.
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