sexta-feira, 21 de maio de 2021

21 DE MAIO - JOHN GIELGUD

EFEMÉRIDE - Arthur John Gielgud, actor e director de teatro bitânico, morreu em Wotton Underwood no dia 21 de Maio de 2000. Nascera em Londres, em 14 de Abril de 1904. A sua carreira prolongou-se durante oito décadas.  

Juntamente com Ralph Richardson e Laurence Olivier, constituem um trio de actores que dominou os palcos britânicos durante quase todo o século XX. Membro da família Terry, uma dinastia teatral, obteve o seu primeiro papel remunerado na companhia de teatro do seu primo Phyllis Neilson-Terry, em 1922.

Depois de ter estudado na Royal Academy of Dramatic Art, trabalhou em teatro de repertório e no Teatro West End, antes de se fixar no Old Vic, como um dos expoentes de Shakespeare, no período 1929/1931.

Durante a década de 1930, Gielgud foi uma das estrelas do palco do West End e da Broadway, surgindo em clássicos e em novas peças.

Gielgud deu início a uma carreira paralela como director, criando a sua própria companhia no Queen’s Theatre, em Londres. Foi considerado como o melhor ‘Hamlet’ do seu tempo e também era conhecido pelos seus personagens de comédia, como John Worthing em “The Importance of Being Earnest”.

Nos anos 1950, Gielgud temeu que a sua carreira tivesse sido ameaçada, quando foi condenado e multado por um delito de natureza homossexual, mas tanto os seus colegas como o público apoiaram-no com lealdade.

Quando o teatro avant-garde começou a superar as produções tradicionais do West End, no final da década de 1950, Gielgud não conseguiu encontrar novos papéis para desempenhar e, durante vários anos, ficou conhecido no teatro pelas suas representações a solo de Shakespeare. No final da década de 1960, encontrou algumas peças teatrais que se adequavam ao seu estilo, de autores como Alan Bennett, David Storey e Harold Pinter.

Durante a primeira metade da sua carreira, Gielgud não levou o cinema a sério. Embora tenha feito o seu primeiro filme em 1924, e de ter tido sucesso com “The Good Companions” (1933) e “Júlio César” (1953), apenas nos seus 60 anos é que encarou a carreira cinematográfica mais a sério.

Gielgud participou em mais de sessenta filmes, desde “Becket” (1964), recebendo a sua primeira nomeação para os Oscars pelo seu papel como Luís VII de França, em “Elizabeth” (1998). No papel do sarcástico Hobson em “Arthur” (1981), ganhou o Oscar de Melhor Actor secundário. Por todo o seu trabalho cinematográfico, recebeu um Globo de Ouro e dois BAFTA.

Apesar de indiferente aos prémios, Gielgud teve a rara distinção de ganhar um Oscar, um Emmy, um Grammy e um Tony. Gielgud ficou famoso, desde o início da sua carreira, pela sua voz e mestria nas obras de Shakespeare.

Na rádio e na televisão, esteve em mais de uma centena de programas, entre 1929 e 1994, gravando algumas das suas peças, incluindo dez de Shakespeare.

Das honras recebidas, destaca-se a de Cavaleiro em 1953 e o nome dado a um teatro. Entre 1977 e 1989, foi presidente da Royal Academy of Dramatic Art.

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