Nascido numa pequena vila etíope,
pertencente à tribo Oromo, Wolde foi para a capital Adis Abeba em 1951, para
se alistar na Guarda Imperial etíope. Em 1953, integrado na força
militar, serviu nas forças internacionais de paz, na Coreia.
Foi pela primeira vez aos Jogos
Olímpicos em 1956, em Melbourne, Austrália, participando nos 800 m, 1 500 m
e na estafeta 4x400 m, sem conseguir grande sucesso. Em 1960, não participou nos
Jogos e, a partir daí, começou a dedicar-se às distâncias mais longas.
Em Tóquio 1964, Wolde
chegou em 4º lugar nos 10 000 m e viu o seu compatriota e companheiro de Guarda
Imperial, Abebe Bikila, tornar-se pela 2ª vez campeão olímpico da maratona.
Em 1968, depois de conquistar uma medalha de prata nos 10 000 m, tornou-se o
segundo etíope a vencer a maratona olímpica, correndo no ar rarefeito da Cidade
do México.
Nos Jogos Olímpicos de 1972,
em Munique, Wolde ganhou a medalha de bronze na maratona, aos quarenta anos de
idade. Apesar de reclamar depois de ter sido prejudicado pelos ténis de
corrida, impostos pela direcção da sua equipa e apertados demais para os seus
pés - mesmo problema de Bikila em 1960, que o fez correr descalço na época, o
que o impediu de vencer a prova - ele tornou-se o segundo homem após Bikila a
conquistar duas medalhas seguidas na maratona olímpica.
Mamo faleceu em Maio de 2002, vítima
de doença hepática crónica. Foi sepultado ao lado de seu amigo, superior
militar e inspirador Abebe Bikila.
Wolde foi casado duas vezes. A
primeira, com Aymalem Beru, em 1976, com quem teve um filho. Após a morte da
primeira esposa em 1987, casou-se novamente em 1989, com Aberash Wolde-Semhate,
quase 40 anos mais nova, com quem teve mais duas filhas.
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