Carlos de Assumpção nasceu no
interior do estado de São Paulo e foi na sua cidade natal que concluiu o curso liceal.
Passou depois a residir em Franca, também no interior do estado, onde se forma
em Letras, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Franca,
actual Faculdade de Ciências Humanas e Sociais. Posteriormente, cursou Direito
na Faculdade de Direito de Franca.
Em 1958, como poeta, recebeu o
título de Personalidade Negra, no 70º aniversário da Abolição, atribuído
pela Associação Cultural do Negro, em São Paulo. Em 1982, recebeu novo
título, desta vez o de Personalidade do Ano, em Franca. Foi também
homenageado com a Placa de Prata da VII Semana Cornélio Pires, em Tietê,
em 1996.
É autor do poema “Protesto”,
com o qual ganhou, em 1982, o primeiro lugar no Concurso de Poesia Falada.
Tal poema marcou época e simbolizou a ascensão e as reivindicações da
intelectualidade negra do Estado de São Paulo, tornando-se referência
obrigatória para as novas gerações e foi, ainda, incluído em diversas
antologias em inglês, francês e alemão.
Participou em algumas publicações
dos “Cadernos Negros”. Na sua auto-apresentação, no número 7 dessas
antologias, afirma acreditar que «um dia seremos realmente todos irmãos.
Contudo, a concretização desse anseio, deste sonho de muitos dependerá da luta
de todos os homens...» (1984).
Carlos de Assumpção lançou também
um CD intitulado “Quilombo de Palavras” em 1998, numa parceria com o
poeta Cuti, outro importante intelectual afro-brasileiro.
Memórias e declamações do poeta
foram exibidas no filme-documentário, “Carlos de Assumpção: Protesto”,
lançado m 2019, de autoria e direcção de Alberto Pucheu.
É membro da Academia Francana
de Letras, coordenador do grupo Canto e Verso e responsável pela
realização de rodas de poemas em escolas. Além disso, coordena o evento “A
Semana da Raça” e o coral “Afro-Francano”.
Sem comentários:
Enviar um comentário