Filho de um engenheiro, Nino
Ferrer passou a infância na Nova Caledónia, onde o pai trabalhava. Regressou a
França em 1947 e iniciou o curso de Etnologia e Arqueologia
na Sorbonne, em Paris. Paralelamente aos estudos, despontou-lhe o
interesse pela música e pela pintura.
Em 1959, estreia-se como baixista
do grupo Dixie Cats, em 2 discos.
O seu primeiro trabalho como
cantor foi em 1963, lançando o álbum “Pour Oublier Qu’On S’Est Aimé”,
onde teve como destaque “C’est irreparable”, que integrou a banda sonora do filme
“Tacones lejanos”, dirigido por Pedro Almodóvar em 1991.
Após vários insucessos
profissionais, grava o álbum “Myrza” em 1965. Neste disco, que rendeu a Ferrer o rótulo de cantor cómico pelas suas
rimas, os destaques eram “Les Cornichons”, “Oh! Hé! Hein! Bon!”
e “Ma vie pour rien”.
Cansado da música, decide voltar
para a Itália em 1967, ali permanecendo até 1970. No país natal, o seu maior
sucesso foi “La Pelle Nera”, que chegou a participar em duas edições do Festival
de Sanremo.
Novamente estabelecido em
território francês, Ferrer não se conformou com a «espalhafatosa frivolidade»
do show-business nacional, que ele se referiu como «tecnocratas cínicos e
gananciosos exploradores de talento». Ele também concordou com as opiniões
de Serge Gainsbourg e Claude Nougaro de que as músicas eram apenas uma «arte
menor» e também «um ruído de fundo».
Após 3 anos longe dos palcos,
Nino Ferrer grava o seu quinto disco, intitulado “Métronomie”, que teve
repercussão baixa no cenário musical, embora a faixa principal, “La Maison
Près de la Fontaine”, vendesse meio milhão de cópias.
Desde então, lançou outros 12
álbuns, que não tiveram o mesmo sucesso dos anteriores.
Em Julho de 1998, Mounette
Ferrer, a mãe do cantor, morre aos 86 anos. Enfrentando um grave quadro de
depressão, ele - que obtivera a cidadania francesa em 1989 e estava a gravar o 17º
disco da carreira - não consegue superar o drama pessoal e cometeu o suicídio
ao disparar um tiro no coração, a 2 dias de completar 64 anos de idade.
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