Cresceu no Porto. Em 1959 iniciou
os estudos de piano que abandonou três anos depois.
Forma o seu primeiro grupo aos
quatorze anos. Começou como guitarrista dos Grupo 4. Com os Duques,
subiu a um palco pela primeira vez. Com 15 anos foi um dos membros fundadores
do grupo Pop Five Music Incorporated como viola baixo e vocalista. O
primeiro EP do grupo inclui um original da sua autoria (“You’ll See”).
Aos 18 anos, veio viver para
Lisboa para tocar, como músico profissional, no Quarteto 1111. Em 1971
actua com José Cid no conhecido Festival Yamaha - World Popular Song
Festival, em Tóquio.
A solo, lança - em 1972 - o EP “Liberdade”72).
Participa no Festival RTP da Canção de 1972 com “Se Quiseres Ouvir
Cantar”.
Os Green Windows, grupo
paralelo ao Quarteto 1111, começaram em 1972 no Festival dos Dois Mundos.
O grupo era composto por José Cid, Tozé Brito, Moniz Pereira, Mike Sergeant e
as mulheres de alguns deles. Cantam em inglês porque havia uma tentativa de
internacionalização que não chegou a ser bem-sucedida.
Ainda em 1972, foi chamado para
fazer a recruta à espera de ingressar no Alerta
Estar, onde eram colocados os artistas. Como o Quarteto 1111
tinha discos proibidos pela censura, não conseguiu entrar nesse serviço
e decide partir para Inglaterra. Aí, trabalhou como tradutor e fez dois anos de
Psicologia no Birbeck College da Universidade de Londres.
Casa-se e aí nasce a sua primeira filha.
Gravou um disco com a cantora
Daphne (ex-Música Novarum) no projecto “Som
Dois” que chega a lançar um single com os temas “A um Amigo” e “Irmão
na Cor da Alma”.
Regressou a Portugal após o 25
de Abril de 1974. É obrigado a fazer a tropa, onde passa todo o ano de
1975. Intensifica o seu trabalho como compositor e autor.
Os Green Windows duraram
até 1976 quando decide formar os Gemini com Mike Sergeant, Fá e Teresa
Miguel. “Pensando Em Ti”, a primeira canção do grupo, foi editada em
Dezembro de 1976. O álbum atingiu o galardão de disco de ouro, o mais
alto da época. Foi considerado, tendo em conta as vendas, o compositor
português do ano pela revista “Billboard”.
Em 1977, lançou a solo, pela Phonogram,
os singles “2010 DC” e “Eu, Tu e o Tempo”. Cândido Mota colabora
num dos discos.
Os Gemini são os
vencedores do Festival RTP da canção, em 1978. O grupo acabará por
terminar no ano seguinte.
Participou no Festival RTP da
Canção de 1979 com “Novo Canto Português”. É editado um single em
conjunto com um tema das Cocktail. Lança, com Paulo de Carvalho, o álbum
“Cantar de Amigos”. “Olá, então como vais?” foi um dos maiores
sucessos deste disco. Entra para A & R da editora discográfica Polygram.
No ano seguinte, “Cantar de
Amigos” é transformado num programa de televisão. “Mi
amor por Ana”, em co-autoria com Paulo de Carvalho e o seu irmão Pedro
Correia Brito, é apresentado no Festival de Viña del Mar, no Chile, em
1980.
“Bem Bom” das Doce
vence o Festival RTP da Canção em 1982. Edita o disco “Adeus Até Ao
Meu Regresso (Apenas oito Canções de Amor)”no ano seguinte. Colabora como
autor em vários programas de Herman José.
“Penso em ti, eu sei” de
Adelaide Ferreira vence o Festival em 1985. O disco “As noites íntimas de um hotel com estrelas”,
álbum que assinala os 20 anos de carreira, foi editado em Outubro de 1986. Das
onze faixas incluídas, só quatro são cantadas.
Em 1990, sai da Polygram
para dirigir a filial portuguesa da editora BMG Ariola. Foi
administrador até Setembro de 1998. Saiu porque os seus
patrões estrangeiros lhe exigiram a liderança do mercado nacional a curto
prazo, o que julgou irrealista. Em 1999, fundou a Mar,
uma estrutura de A&R e produção criada em parceria com a EMI.
Lança, numa lista muito desigual, nomes como Lúcia
Moniz, Ayamonte, Francisco Mendes e Darrasar.
É convidado para presidente do Conselho
de Administração da Universal Portuguesa (ex-Polygram).
Comemorou 35 Anos de Canções
com a compilação “... Mas o Mais Importante É o Amor” com nomes como
Lúcia Moniz, Marta Plantier, Adelaide Ferreira, Paulo de Carvalho, José Cid, Quarteto
1111, Carlos do Carmo, Simone de Oliveira, Victor Espadinha, Doce, Gemini
e Green Windows.
Em 2007, celebraou40 anos de
carreira e lança o CD “Vida, canções e amigos” que reúne um conjunto de
40 canções, com música ou letra assinadas por ele ou das quais é co-autor. No
final de 2007, deixa a Universal Music Portugal após uma fusão entre a Universal
espanhola e a portuguesa, e a passagem da administração para Madrid.
Desde 2008, Tozé Brito é administrador
da Sociedade Portuguesa de Autores e sócio fundador da MUV-Movimento
de Ideias Criativas, Lda.
Em 2010, foi editado pela assírio
& Alvim, o songbook “40 Canções -
Partituras, letras, Cifras”.
Em Maio de 2011, recebeu da Câmara
Municipal de Coimbra, enquanto elemento do Quarteto 1111, a medalha
de mérito cultural, tendo sido agraciado também com nova medalha de
mérito cultural a título individual em Junho, pela Câmara Municipal de
Cascais. Foi posteriormente homenageado, num espectáculo durante as Festas do Mar, perante 40 000 pessoas, por muitos dos intérpretes que durante mais de 40 anos
gravaram e cantam canções de sua autoria.
A comemorar 45 anos de carreira,
foi lançada em 2013 uma compilação da Universal que inclui o inédito “Apenas
Mais Um Caso” e canções de outros intérpretes que gravaram canções da sua
autoria.
Em 2021, foi homenageado no álbum
tributo “Tozé Brito (de) Novo”, editado pela Sony, no qual
participaram Benjamim, B Fachada, Ana Bacalhau, Mitó, Tiago Bettencourt, Miguel
Guedes, Rita Redshoes, Selma Uamusse, Catarina Salinas, Camané, Samuel Úria,
Joana Espadinha, António Zambujo e Tomás Wallenstein, pelos seus 55 anos de
carreira e 70 de vida.
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