quinta-feira, 25 de agosto de 2022

25 DE AGOSTO - TOZÉ BRITO



EFEMÉRIDE
Tozé Brito, de seu nome completo António José Correia de Brito, cantor, letrista, compositor, produtor, editor, administrador e mentor de projectos musicais português, nasceu no Ermesinde no dia 25 de Agosto de 1951. Foi executivo das editoras Universal Music Portugal (sucessora da Polygram) e BMG. Presentemente, é director e administrador da Sociedade Portuguesa de Autores.

Cresceu no Porto. Em 1959 iniciou os estudos de piano que abandonou três anos depois.

Forma o seu primeiro grupo aos quatorze anos. Começou como guitarrista dos Grupo 4. Com os Duques, subiu a um palco pela primeira vez. Com 15 anos foi um dos membros fundadores do grupo Pop Five Music Incorporated como viola baixo e vocalista. O primeiro EP do grupo inclui um original da sua autoria (“You’ll See”).

Aos 18 anos, veio viver para Lisboa para tocar, como músico profissional, no Quarteto 1111. Em 1971 actua com José Cid no conhecido Festival Yamaha - World Popular Song Festival, em Tóquio.

A solo, lança - em 1972 - o EP “Liberdade”72). Participa no Festival RTP da Canção de 1972 com “Se Quiseres Ouvir Cantar”.

Os Green Windows, grupo paralelo ao Quarteto 1111, começaram em 1972 no Festival dos Dois Mundos. O grupo era composto por José Cid, Tozé Brito, Moniz Pereira, Mike Sergeant e as mulheres de alguns deles. Cantam em inglês porque havia uma tentativa de internacionalização que não chegou a ser bem-sucedida.

Ainda em 1972, foi chamado para fazer a recruta à espera de ingressar no Alerta Estar, onde eram colocados os artistas. Como o Quarteto 1111 tinha discos proibidos pela censura, não conseguiu entrar nesse serviço e decide partir para Inglaterra. Aí, trabalhou como tradutor e fez dois anos de Psicologia no Birbeck College da Universidade de Londres. Casa-se e aí nasce a sua primeira filha.

Gravou um disco com a cantora Daphne (ex-Música Novarum) no projecto “Som Dois” que chega a lançar um single com os temas “A um Amigo” e “Irmão na Cor da Alma”.

Regressou a Portugal após o 25 de Abril de 1974. É obrigado a fazer a tropa, onde passa todo o ano de 1975. Intensifica o seu trabalho como compositor e autor.

Os Green Windows duraram até 1976 quando decide formar os Gemini com Mike Sergeant, Fá e Teresa Miguel. “Pensando Em Ti”, a primeira canção do grupo, foi editada em Dezembro de 1976. O álbum atingiu o galardão de disco de ouro, o mais alto da época. Foi considerado, tendo em conta as vendas, o compositor português do ano pela revista “Billboard”.

Em 1977, lançou a solo, pela Phonogram, os singles “2010 DC” e “Eu, Tu e o Tempo”. Cândido Mota colabora num dos discos.

Os Gemini são os vencedores do Festival RTP da canção, em 1978. O grupo acabará por terminar no ano seguinte.

Participou no Festival RTP da Canção de 1979 com “Novo Canto Português”. É editado um single em conjunto com um tema das Cocktail. Lança, com Paulo de Carvalho, o álbum “Cantar de Amigos”. “Olá, então como vais?” foi um dos maiores sucessos deste disco. Entra para A & R da editora discográfica Polygram.

No ano seguinte, “Cantar de Amigos” é transformado num programa de televisão. Mi amor por Ana”, em co-autoria com Paulo de Carvalho e o seu irmão Pedro Correia Brito, é apresentado no Festival de Viña del Mar, no Chile, em 1980.

Bem Bom” das Doce vence o Festival RTP da Canção em 1982. Edita o disco “Adeus Até Ao Meu Regresso (Apenas oito Canções de Amor)”no ano seguinte. Colabora como autor em vários programas de Herman José.

Penso em ti, eu sei” de Adelaide Ferreira vence o Festival em 1985. O disco “As noites íntimas de um hotel com estrelas”, álbum que assinala os 20 anos de carreira, foi editado em Outubro de 1986. Das onze faixas incluídas, só quatro são cantadas.

Em 1990, sai da Polygram para dirigir a filial portuguesa da editora BMG Ariola. Foi administrador até Setembro de 1998. Saiu porque os seus patrões estrangeiros lhe exigiram a liderança do mercado nacional a curto prazo, o que julgou irrealista. Em 1999, fundou a Mar, uma estrutura de A&R e produção criada em parceria com a EMI. Lança, numa lista muito desigual, nomes como Lúcia Moniz, Ayamonte, Francisco Mendes e Darrasar.

É convidado para presidente do Conselho de Administração da Universal Portuguesa (ex-Polygram).

Comemorou 35 Anos de Canções com a compilação “... Mas o Mais Importante É o Amor” com nomes como Lúcia Moniz, Marta Plantier, Adelaide Ferreira, Paulo de Carvalho, José Cid, Quarteto 1111, Carlos do Carmo, Simone de Oliveira, Victor Espadinha, Doce, Gemini e Green Windows.

Em 2007, celebraou40 anos de carreira e lança o CD “Vida, canções e amigos” que reúne um conjunto de 40 canções, com música ou letra assinadas por ele ou das quais é co-autor. No final de 2007, deixa a Universal Music Portugal após uma fusão entre a Universal espanhola e a portuguesa, e a passagem da administração para Madrid.

Desde 2008, Tozé Brito é administrador da Sociedade Portuguesa de Autores e sócio fundador da MUV-Movimento de Ideias Criativas, Lda.

Em 2010, foi editado pela assírio & Alvim, o songbook40 Canções - Partituras, letras, Cifras”.

Em Maio de 2011, recebeu da Câmara Municipal de Coimbra, enquanto elemento do Quarteto 1111, a medalha de mérito cultural, tendo sido agraciado também com nova medalha de mérito cultural a título individual em Junho, pela Câmara Municipal de Cascais. Foi posteriormente homenageado, num espectáculo durante as Festas do Mar, perante 40 000 pessoas, por muitos dos intérpretes que durante mais de 40 anos gravaram e cantam canções de sua autoria.

A comemorar 45 anos de carreira, foi lançada em 2013 uma compilação da Universal que inclui o inédito “Apenas Mais Um Caso” e canções de outros intérpretes que gravaram canções da sua autoria.

Em 2021, foi homenageado no álbum tributo “Tozé Brito (de) Novo”, editado pela Sony, no qual participaram Benjamim, B Fachada, Ana Bacalhau, Mitó, Tiago Bettencourt, Miguel Guedes, Rita Redshoes, Selma Uamusse, Catarina Salinas, Camané, Samuel Úria, Joana Espadinha, António Zambujo e Tomás Wallenstein, pelos seus 55 anos de carreira e 70 de vida.

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