Serviu na Força Aérea
Soviética entre 1955 e 1960. Fazendo parte do corpo de cosmonautas da Roscosmos desde 1960, Bykovski marcou um
recorde de permanência no espaço quando passou cinco dias em órbita a bordo da Vostok
V em Junho de 1963, durante o seu primeiro voo espacial; este recorde já
foi largamente ultrapassado no decorrer do tempo, porém ele ainda mantém o
recorde do maior tempo no espaço num voo individual. Esta foi a primeira missão
soviética que colocou duas espaçonaves ao mesmo tempo em órbita. Na outra
espaçonave, a Vostok VI, estava a cosmonauta Valentina Tereshkova, a
primeira mulher a ir ao espaço.
Em 1967, ele deveria voltar ao
espaço no comando da Soyuz 2, em companhia de mais dois cosmonautas, mas
a sua missão foi abortada devido à morte de Vladimir Komarov no fim da missão Soyuz
1, que paralisou por um ano e meio o programa espacial soviético. Bykovski
teve a sua vida salva por uma forte chuva em Baikonur, que impediu a descolagem
da nave no dia estipulado.
Ele e os cosmonautas Yevgeny
Khrunov e Aleksei Yeliseyev estavam designados para partir no dia seguinte ao do
lançamento de Komarov na Soyuz 1, quando tentariam fazer a primeira
caminhada espacial com troca de tripulações no
espaço. Khrunov e Yeliseyev deveriam passar para a Soyuz 1 de Komarov
após o encontro das duas naves em órbita, enquanto Bykovski desceria sozinho na
Soyuz 2.
Em órbita, a nave de Komarov
começou a apresentar sérios problemas de estabilidade, electricidade e falha na
abertura dos painéis solares. Com o adiamento da partida da Soyuz 2, o
comandante decidiu regressar. Durante a reentrada na atmosfera, o paraquedas da
Soyuz 1 não abriu e Komarov morreu no choque com o solo.
Depois do acidente, o sistema de
paraquedas da Soyuz 2 foi verificado e encontrado o mesmo problema. Se a
chuva não tivesse impedido o lançamento, os mortos teriam sido quatro ao invés
de um. Bykovski só retornou ao espaço em 1976, na Soyuz 22.
Muitos de seus anos no programa
espacial estiveram voltados à promoção e organização do programa Intercosmos
nas nações socialistas. Foi durante a vigência deste programa que ele fez o seu
terceiro voo, comandando a Soyuz 31, em Setembro de 1978, levando ao
espaço consigo o primeiro cosmonauta alemão, Sigmund Jahn, da então Alemanha
Oriental.
Ele aposentou-se em 1988 e passou
os três anos seguintes como director da Casa da Cultura e Ciência Soviética
em Berlim. Recebeu a condecoração de Herói da União Soviética, a Ordem
de Lenin e a Ordem da Estrela Vermelha, além de uma série de outras
honrarias.
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