Arafat nasceu de pais palestinos a
viver no Cairo, onde passou a maior parte de sua juventude e estudou na Universidade
do Rei Fuad I. Enquanto estudante, abraçou as ideias árabes nacionalistas e
antissionistas. Contrário à criação do Estado de Israel em 1948, lutou ao lado
da Irmandade Muçulmana durante a Guerra Árabe-Israelita de 1948.
Regressado ao Cairo, serviu como
presidente da União Geral dos Estudantes Palestinos, de 1952 a 1956. Na
última parte da década de 1950, co-fundou a Fatah, uma
organização paramilitar que buscava a remoção de
Israel e a sua substituição por um estado palestino.
A Fatah operou em vários
países árabes, de onde lançou ataques contra alvos israelitas. Na última parte
da década de 1960, o perfil de Arafat cresceu; em 1967, ingressou na OLP
e, em 1969, foi eleito presidente do Conselho Nacional Palestino (CNP).
A crescente presença da Fatah na Jordânia resultou em confrontos
militares com o governo jordaniano do rei Hussein e, no início da década de 1970,
mudou-se para o Líbano. Lá, a Fatah ajudou o Movimento Nacional
Libanês durante a Guerra Civil Libanesa e continuou os seus ataques
a Israel, resultando em se tornar um dos principais alvos das invasões de
Israel em 1978 e 1982.
De 1983 a 1993, Arafat
estabeleceu-se na Tunísia e começou a mudar a sua abordagem do conflito aberto
com os israelitas para a negociação. Em 1988, ele reconheceu o direito de
existência de Israel e buscou uma solução de dois estados para o conflito
israelense-palestino.
Em 1994, voltou à Palestina,
estabelecendo-se na cidade de Gaza e promovendo o autogoverno dos territórios
palestinos. Ele envolveu-se numa série de negociações com o governo de Israel
para acabar com o conflito entre eles e a OLP. Estas incluíram a Conferência
de Madrid de 1991, os Acordos de Oslo de 1993 e a reunião de Camp
David de 2000.
Em 1994, Arafat recebeu o Prémio
Nobel da Paz, juntamente com Yitzhak Rabin e Shimon Peres, pelas
negociações em Oslo. Na época, o apoio da Fatah entre os palestinos
diminuiu com o crescimento do Hamas e de outros rivais militantes.
No final de 2004, depois de ser
efectivamente confinado no seu complexo de Ramallah por mais de dois anos pelo
exército israelita, Arafat entrou em coma e morreu. Embora a causa da morte de
Arafat tenha permanecido objecto de especulação, investigações de equipas
russas e francesas determinaram que nenhum crime estava envolvido.
Arafat continua a ser uma figura
controversa. Os palestinos geralmente vêem-no como um mártir que simbolizava as
aspirações nacionais de seu povo. Os israelitas consideravam-no um terrorista.
Rivais palestinos, incluindo islâmicos e vários esquerdistas da OLP,
frequentemente denunciaram-no como corrupto ou muito submisso nas suas
concessões ao governo de Israel.
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