Aos 10 anos, foi apresentado
ao professor José de Brito da Escola de Belas Artes do Porto que,
surpreendido com a sua habilidade, consentiu que assistisse às suas aulas.
Também teve aulas com Acácio Lino e Marques de Oliveira.
Em 1919, interrompeu o curso
na Escola Superior de Belas Artes do Porto para prosseguir estudos em
Paris, com os mestres Cormon e Bérard. Permaneceu sete anos na capital
francesa.
Em seguida, mudou-se para
Londres, onde viveu dez anos e teve um estúdio.
Foi para Roma, onde pintou o
retrato de Mussolini. Na execução desta obra ocupou cinco sessões matinais no
gabinete do ditador, que não interrompeu o seu trabalho.
Em 10 de Maio de 1930, foi
feito cavaleiro da Ordem Militar de Cristo.
Convidado a trabalhar no
Brasil, onde pintou representativas figuras da sociedade como o embaixador
Nobre de Melo e o escritor Carlos Malheiro Dias.
Trabalhou ainda em Buenos
Aires, tendo retratado o biólogo Francisco Jauregui (1934) entre outros.
Em 9 de Abril de 1936, foi
feito oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada.
Depois, residiu sete anos em
Hollywood, com um estúdio que manteve após o regresso a Portugal. Retratou
artistas da época como Greer Garson, Linda Darnell, Mary Pickford, Madeleine
Carol e Ann Miller. Também pintou nomes da música como Jannete MacDonald, Lily
Pons e Galli Curcci, estas últimas telas estão expostas no Metropolitan
Opera House em Nova Iorque.
Pintou também o quadro do
filme “O Retrato de Dorian Gray” e o retrato de Greer Garson utilizado
no filme “Mrs Parkington” que faz parte do museu da Metro Goldwin
Mayer.
Em seguida, pintou de novo na
Europa, na Suécia, Dinamarca e Espanha.
Voltou à Grã-Bretanha e
Irlanda do Norte, para se mudar - com a Segunda Guerra Mundial - de novo
para o Brasil e Estados Unidos onde passou 7 anos.
Em Portugal, pintou cinco
presidentes da República: António José de Almeida (1932), Óscar Carmona (1933),
Sidónio Pais (1937), Canto e Castro (1937) e Américo Thomaz (1957), homens da
ciência como Egas Moniz (1950) e José Gabriel Pinto (1957). Pintou também o
compositor Cláudio Carneiro (Paris 1921), o cardeal Manuel Gonçalves Cerejeira
(1934), o bispo do Porto António Ferreira Gomes (1981) e o arcebispo de Braga
Eurico Dias Nogueira, além de António de Oliveira Salazar (1939).
Em 2 de Julho de 1969, foi
elevado a grande-oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada.
Desde tenra idade, passava
férias em casa de família na freguesia de Marinhas, concelho de Esposende, à
qual regressou definitivamente em 1974, onde se dedicou aos retratos da vida
rural que o acompanhou durante os seus primeiros anos de vida. O seu atelier é
hoje museu.
Actualmente, a escola
secundária de Esposende chama-se Escola Secundária Henrique Medina em
sua honra. Da mesma forma, a Câmara Municipal do Porto assim quis
homenagear o pintor, dando-lhe o se nome a uma das ruas da freguesia de
Ramalde. Ainda em Esposende, poderemos encontrar o nome de Henrique Medina
associado ao nome de uma praça no centro da cidade, além de um busto do pintor,
situado nesta mesma praça.
A maior colecção de obras do
autor está em Braga no Museu Medina, composta por 50 óleos e ainda
diversos desenhos da autoria do pintor, legados pelo próprio em 1982 à
Arquidiocese de Braga.
Em 11 de Fevereiro de 1984,
foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.
Faleceu em 1988, aos 87 anos de idade.
Sem comentários:
Enviar um comentário