Foi a primeira atleta a
lançar o martelo acima dos 80 metros e detém o actual recorde mundial feminino
de 82,98 m.
Ganhou o seu primeiro título polaco
sub-23 em 2007 e competiu em Pequim 2008 ficando em sexto lugar.
A sua primeira medalha de
ouro veio no Campeonato da Europa de Nações de 2009, em Portugal, no que
teve a sua primeira vitória internacional. Neste mesmo ano, bateu o recorde
nacional polaco em Cottbus, na Alemanha, com a marca de 77,20 m, então a quarta
melhor do mundo.
Em Agosto, no Campeonato
Mundial de Berlim, ganhou a medalha de ouro e bateu o recorde mundial com
um lançamento de 77,96 m, encerrando ali mesmo a sua temporada, depois de
deslocar o tornozelo esquerdo comemorando o recorde.
Voltou às competições em Abril
de 2010, vencendo o meeting de Dacar em Junho, bateu o seu próprio
recorde mundial com um lançamento de 78,30 m em Bydgoszcz, na Polónia, em
frente ao seu público. O seu recorde foi batido em 2011, pela alemã Betty
Heidler, mas continuou a ser uma das favoritas ao ouro no Mundial de Daegu
2011, onde – porém - não conseguiu ser medalhada, ficando em quinto lugar.
Conseguiu o seu grande
resultado em Jogos Olímpicos conquistando a prata em Londres 2012,
com a marca de 77,60 m, superando Heidler, mas ficando atrás da russa Tatyana
Lysenko, campeã olímpica.
Em Londres, e desde então,
Anita usou os sapatos de lançamento e as luvas pertencentes a Kamila
Skolimowska, a primeira polaca campeã olímpica do martelo, título que
conquistou com 17 anos em Sydney 2000, e que morreu em 2009, aos 26 anos,
de embolia pulmonar. Anita, que foi guiada por Kamila em Pequim 2008, a sua
estreia em Olimpíadas e a despedida de Skolimowska, fez grande amizade
com a família da compatriota após a sua morte e recebeu deles diversos objectos
e equipamentos de uso pessoal em competições de Kamila; foi usando eles que
Anita ganhou a medalha de prata em Londres e a dedicou à amiga: «Quando eu
entrei no estádio em Londres, eu pedi a Kamila que ficasse comigo. Eu ganhei
minha medalha graças a ela e lha dediquei».
Depois de conquistar nova
marca mundial - 79,58 m - em 2014, em 1 de Agosto de 2015, ela lançou o martelo
a 81,09 m, em Władysławowo, Polónia, estabelecendo nova marca mundial e sendo a
primeira mulher a superar os 80 metros. Três semanas depois, em Pequim 2015,
onde chegou com um cartel de 16 vitórias consecutivas no ano, tornou-se
novamente campeã mundial, recuperando o seu título de Berlim 2009, com
dois lançamentos de 80,27 m e 80,85 m, este último recorde do Campeonato
Mundial de Atletismo, os segundo e terceiro maiores lançamentos da
história, atrás apenas do seu próprio recorde mundial.
Em 2016, durante a preparação
para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, ela alcançou a então terceira
melhor marca do mundo - 79,61 m - durante a disputa do Janusz Kusocinski
Memorial no seu país natal, inferior apenas às suas duas marcas acima de 80
metros.
Em Julho, sagrou-se tricampeã
europeia em Amesterdão, com um lançamento de 78,14 m. No mesmo mês, fez o
seu terceiro lançamento acima dos 80 metros - 80,26 m - ao vencer o Kamila
Skolimowska Throws Festival em Cetniewo, na Polónia, o mesmo torneio onde
estabeleceu o seu recorde mundial no ano anterior.
Na Rio 2016, onde
chegou como franca favorita ao título olímpico, conquistou a medalha de ouro
com um novo recorde mundial e olímpico - 82,29 m - mais de um metro acima da
sua marca anterior, emulando a sua compatriota Kamila e usando a mesma luva
cinza que a primeira campeã olímpica da Polónia usava nas suas competições,
realizando a melhor série de lançamentos do martelo na história da modalidade
feminina. O recorde durou pouco e, menos de duas semanas depois, Anita melhorou
novamente a sua marca, com um lançamento de 82,98 m durante o Skolimowska
Memorial - torneio de atletismo criado em homenagem à sua falecida amiga e
mentora - em Varsóvia.
Em Outubro de 2016, Anita
tornou-se bicampeã olímpica do lançamento do martelo, herdando oficialmente a
medalha de ouro dos Jogos de Londres 2012 - onde tinha sido prata - após
o Comité Olímpico Internacional tirar a medalha da russa Tatyana
Lysenko, vencedora da prova, depois de reexames das amostras de urina de Londres
indicaram a presença da substância proibida Turinabol no seu organismo.
Conquistou o tricampeonato
mundial da modalidade em Londres 2017, com um lançamento de 77,90 m. Uma
lesão no joelho impediu-a de participar do Campeonato Mundial de Doha,
em 2019, que ela acompanhou apenas como comentarista do canal TVP Sport.
Em Doha, recebeu a medalha de ouro do Mundial de Moscovo 2013, onde
havia conquistado a prata, depois da desclassificação da vencedora na ocasião,
a russa Tatyana Lysenko, de quem também havia herdado o ouro em Londres 2012,
tornando-se assim oficialmente tetracampeã mundial da prova.
De volta às competições em
alto nível em 2021, mesmo sem estar na forma com que bateu várias vezes os seus
próprios recordes mundiais anteriormente, tornou-se tricampeã olímpica em Tóquio
2020, os Jogos adiados pela pandemia de Covid-19, com um
lançamento de 78,48 m.
Em 2009, Anita foi
condecorada com a Ordem da Polónia Restituta, a maior honraria do Estado
polaco, no grau de Cruz de Cavaleiro.
Em 2016, após o bicampeonato
olímpico na Rio 2016, a sua condecoração foi promovida ao grau de Cruz
de Oficial.
Em 2021, após o tricampeonato
olímpico em Tóquio, a condecoração foi novamente promovida, ao grau de Cruz
de Comandante com Estrelas, o segundo mais alto grau da Ordem,
abaixo apenas da Grã-Cruz, outorgada só a chefes-de estado.
Em 2021, a Mattel anunciou
o lançamento de uma boneca Barbie Shero baseada na figura de Anita, «por
sua inspiração a outros de perseguir os seus próprios sonhos».
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