Fundou e presidiu ao conselho
de administração do grupo Lisgráfica durante quatro décadas.
No final dos anos 1990
e início dos anos 2000, chegou - segundo a “Revista Exame” - a
ocupar lugar na lista das pessoas mais ricas de Portugal.
Foi um dos últimos grandes
industriais portugueses e uma figura incontornável no mundo dos media,
conhecido em Portugal como o Patriarca da Impressão.
Licenciado em Direito,
iniciou a sua vida profissional em 1953 como chefe de serviços da Caixa de
Previdência da Indústria Cerâmica e, simultaneamente, era advogado da Federação
dos Sindicatos da Indústria Cerâmica e das empresas J. Mendes Coelho
e Lever Portuguesa.
Em 1956, deixou a Caixa de
Previdência e ingressa como administrador-delegado na empresa Bertrand
& Irmãos, Lda, onde acabou por se tornar sócio.
Em 1968, cedeu a sua posição
a um grupo brasileiro e fundou a Gráfica Brás Monteiro, Lda.
Nos anos 1970, foi
também administrador-delegado da empresa gráfica, livreira e distribuidora Livraria
Bertrand, SA.
Em 1973, fundou a, ainda hoje
cotada em bolsa, Lisgráfica SA, com o seu amigo António Pedro Ruella
Ramos (ex-director e proprietário do emblemático ‘Diário de Lisboa’ e um
dos fundadores do jornal “Expresso” e também sócio de Francisco Pinto
Balsemão no grupo Impresa.
António Brás Monteiro foi
fundador, accionista e administrador de diversas empresas, entre elas
destacam-se: a Gestprint - Sociedade Gestora De Participações Sociais, SA;
Naveprinter - Indústria Gráfica do Norte, SA.; Grafimadeira - Empresa
de Artes Gráficas da Madeira, SA.; Grafilis - Reprodução e Artes Gráficas
SA; Guião - Divulgação Promocional de Indústria e Comércio, SA; Videodata
- Desenvolvimento de Bases de dados, SA; e até de algumas rádios.
Foi também proprietário de
vários títulos de jornais e revistas, onde se destaca o jornal “Comércio do
Porto”.
Presidiu durante várias
décadas a sua holding Gestprint SGPS SA, onde a família Brás Monteiro é,
ainda hoje, sócia-maioritária. Chegou a ter como accionista na Lisgráfica
também o grupo Sonae de Belmiro de Azevedo, entre outros.
Recebeu diversas distinções e
prémios ao longo da sua carreira e chegou a estar, nos anos 1990,
juntamente com o seu filho António Alexandre Pires Brás Monteiro, nos rankings
dos mais ricos de Portugal.
Em 17 de Janeiro de 2006, foi
agraciado pelo presidente da República, Jorge Sampaio, como comendador da
Ordem do Mérito Empresarial - Classe do Mérito Industrial e era conselheiro
na Fundação Mário Soares.
Durante as décadas oitenta
e noventa liderou com o seu filho mais velho, António Alexandre Pires
Brás Monteiro, o grupo Lisgráfica.
Em 2009 morre o seu sócio
António Pedro Ruella Ramos.
Estima-se que as dívidas do
universo Lisgráfica ascendam aos cerca de cem milhões de euros, apesar
de notícias recentes anunciarem lucros.
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