Recebeu o Prémio da
Imprensa (1968) na categoria de Tauromaquia.
José Falcão foi atraído para
o toureio por influência familiar: o seu avô havia sido bandarilheiro
profissional e o tio antigo novilheiro, contemporâneo de José Júlio e de
Armando Soares.
Não terá sido alheio o
ambiente vila-franquense, onde existiam diversas ganadarias bravas. José Falcão
e o seu irmão, Osvaldo, eram pretendentes frequentes nas tentas da ganadaria Palha.
Com apenas 15 anos de idade,
toureou na praça da sua terra natal antes de ir frequentar, entre 1960 e 1966,
a Escola de Toureio de Coruche.
José Falcão debuta vestido de
luzes em 20 de Maio de 1962, na Monumental Amadeu Augusto dos Santos, no
Montijo, com uma novilhada da Sociedade Agrícola de Rio Frio, ascendendo
à categoria de novilheiro em 11 de Junho de 1963, na Praça de Touros da
Chamusca. Por esta altura, inicia uma conhecida parelha com outro colega da
Escola de Coruche, Óscar Rosmano.
Depois de se apresentar como
novilheiro pela primeira vez na Monumental de Las Ventas, em Madrid, em Março
de 1966, tomou a alternativa na Praça de Badajoz, por ocasião da Feira
de San Juan, em 23 de Junho de 1968, apadrinhado por Paco Camino e
testemunhada por Francisco Rivera “Paquirri”.
Passado um ano, regressou à
praça madrilena para a confirmação, em 27 de Julho de 1969, apadrinhada por
Vicente Punzón, sendo testemunha Aurélio Garcia Higares. Ainda em 1969, a 13 de
Dezembro, confirma a alternativa, na Praça de Touros do México.
José Falcão recebeu o Prémio
da Imprensa (1968), ou Prémio Bordalo, como Matador de Touros da categoria
Tauromaquia. O primeiro, entregue pela Casa da Imprensa em 1969, também
distinguiu, nesta categoria, o cavaleiro Manuel Conde e o Grupo de Forcados de
Alcochete.
No ano seguinte, a júri
voltaria a considerá-lo como o melhor espada da temporada, mas o
regulamento impedia a entrega da distinção em anos consecutivos.
Toureiro completo nos três tercios,
José Falcão levou a cabo uma profícua carreira, actuando nas principais praças
de Portugal, Espanha, França, América Latina e em Moçambique.
Em Junho de 1974,
protagonizou um momento raro na arena do Campo Pequeno, em Lisboa, ao
estoquear um touro, numa corrida onde alternara com o mítico Curro Romero.
José Falcão faleceu com
apenas 31 anos em 1974, na enfermaria da Monumental de Barcelona, poucas
horas depois de sofrer uma cornada na femoral ao lidar o touro Cuchareto, da
ganadaria Hoyo de La Gitana
Muitas vezes referenciado no
mundo taurino como José Falcón, o matador português continua a ser
lembrado como último toureiro a morrer na capital catalã, onde a sua viúva,
Rosita Gil, pertencente a uma conhecida família da área da restauração,
concebeu um restaurante em sua homenagem. José Falcão tinha-se casado uns meses
antes com a catalã e não chegou a conhecer a sua filha, que nasceu após o seu
falecimento.
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