EFEMÉRIDE – Kostís Palamás, poeta grego, considerado o mais importante da sua época, morreu em Atenas no dia 27 de Fevereiro de 1943. Nascera em Patras, em 13 de Janeiro de 1859. A letra do “Hino Olímpico”, escrita em 1896 quando dos primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna, é de sua autoria, com música de Spýros Samáras. Foi um dos candidatos ao Prémio Nobel da Literatura em 1939.
Órfão de pai e de mãe aos seis anos de idade, foi confiado a um tio, indo morar em Missolonghi. No fim dos estudos secundários, inscreveu-se na Faculdade de Direito de Atenas, mas todo o seu interesse estava virado para o debate de ideias e para a literatura, a poesia em particular.
Tornou-se jornalista e foi redactor das revistas e jornais mais notáveis do seu tempo. Em 1886, publicou a sua primeira recolha poética, “Cantos da minha Pátria”. Em 1887, casou-se com Maria Apostolou Valvi com quem teve três filhos. Um deles morreu aos 4 anos, vítima de meningite. Esta morte mergulhou-o numa profunda depressão, que ele porém conseguiu transformar numa fonte de inspiração, sublimada na elegia intitulada “Túmulo”, publicada em 1898. Um ano antes, tinha-se tornado secretário-geral da Universidade de Atenas, função que manteve durante trinta anos.
Em Abril de 1926, recitou – para uma multidão aglomerada no Jardim dos Heróis – o longo poema “A Glória de Missolonghi”. A sua reputação ultrapassou fronteiras, tendo sido homenageado em Paris, com recitação de muitos dos seus poemas. Ainda no mesmo ano, foi admitido na Academia de Atenas, da qual se tornaria presidente em 1930.
Uma outra homenagem excepcional foi-lhe prestada pela Universidade de Atenas em 1928, quando se reformou de secretário-geral. Em 1936 e 1937, numerosas manifestações foram organizadas, na Grécia e no estrangeiro, para comemorar o cinquentenário da publicação do seu primeiro livro.
Em 1937, foi feito Cavaleiro da Legião de Honra Francesa. Os últimos anos da sua vida foram marcados pela solidão e por doenças. Só recebia visitas de amigos, que o acompanharam até à hora da morte. O seu funeral foi pretexto para comoventes apelos à resistência, face à ocupação alemã, feitos pelo poeta Ángelos Sikelianós, pelo arcebispo de Atenas e pelo povo, que cantou em uníssono o hino nacional grego. Palamás, que foi também romancista, dramaturgo e crítico, deixou uma vasta e variada obra literária.
Sem comentários:
Enviar um comentário