terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

5 DE FEVEREIRO - HAGI

EFEMÉRIDE – Gheorghe Hagi, ex-futebolista romeno, nasceu em Săcele no dia 5 de Fevereiro de 1965. A sua grande habilidade nas fintas e o seu espírito de liderança deram-lhe direito à alcunha de “Maradona dos Cárpatos”, referência ao craque argentino e à região onde se situa a Roménia.
Estreou-se na Selecção Nacional Romena em 1983, ainda com 18 anos. Era o jogador escolhido consensualmente para marcar livres e grandes penalidades, chegando a marcar um golo de uma distância de mais de 40 metros da baliza da Colômbia, nos Mundiais de 1994. Nos anos 1990, foi considerado como um dos melhores jogadores do mundo. Participou nos Mundiais de 1990, 1994 e 1998, sendo eleito o Jogador do Século pelos romenos. Foi 125 vezes internacional.
Hagi demonstrara muito cedo grande talento para o futebol, iniciando-se no Farul Constanţa. Chegou à equipa principal em 1982 e, um ano depois, já representava um clube da capital, o Sportul Studenţesc (1983/1987). Devido a problemas pulmonares e cardíacos, ao assinar os primeiros contratos tinha de assinar, simultaneamente, termos de responsabilidade para cobrir eventuais acidentes que sofresse durante os jogos ou treinos.
No Sportul, as suas qualidades de líder e a facilidade em chutar com grande força e extrema precisão levaram-no rapidamente à Selecção Romena. Passou a ser assediado pelos principais clubes romenos, como o Steaua e o Dínamo, ambos de Bucareste, principalmente após o Sportul ter sido Vice-campeão Romeno na temporada 1985/86. Transferiu-se para o Steaua, já no decorrer da temporada seguinte, mas a tempo de disputar a Super Taça Europeia. A vitória final foi decidida contra o Dínamo de Kiev, base da Selecção Soviética dessa época. Hagi marcou o único golo da partida, dando assim a vitória à sua equipa. Poderia ter saído do Steaua em 1988, quando recebeu uma oferta da Juventus, clube ansioso por encontrar um substituto para Michel Platini, que acabara de abandonar o futebol. Os italianos, em troca, financiariam a construção de um hospital. O negócio foi considerado “muito capitalista” pelos romenos e não se concretizou.
Mais tarde, também o Real Madrid começou a cobiça-lo, sobretudo depois da mudança de regime na Roménia, o que vinha facilitar a transferência de jogadores romenos para o Ocidente. Ficou dois anos no Real (1990/1992), mas sem conseguir brilhar. Em 1992, saiu para a modesta equipa do Brescia, então na Serie B italiana. O clube conseguiu aceder à Serie A, mas acabou por voltar a baixar em 1993/94.
Após uns brilhantes Mundiais de 1994, regressou a Espanha, mas para o grande rival do Real Madrid – o Barcelona, onde não conseguiu mais que uma vitória na Super Taça de Espanha, não se encaixando bem no esquema de jogo montado pelo treinador Johan Cruijff.  
Deixou o Barcelona em 1996, para jogar no então quase desconhecido futebol turco. Contratado pelo Galatasaray, voltou a sentir a glória que tivera no Steaua e que lhe faltara em Espanha. Ganhou quatro Campeonatos da Turquia seguidos, entre 1997 e 2000, além do título mais importante – até então – de um clube turco, a Taça da UEFA de 2000, frente ao famoso Arsenal FC. Jogando ao lado de Popescu, seu colega na Selecção Romena, dos brasileiros Jardel e Taffarel e de parte da base da Selecção Turca, que naquela temporada se classificara para os Europeus de 2000, conquistou o seu último troféu como jogador, a Super Taça Europeia, novamente contra um favorito, justamente o Real Madrid.
Em 2001, deu por finda a sua carreira como jogador, enveredando pela de treinador. Começou por treinar a Selecção Romena. Falhou, porém, a classificação para os Mundiais de 2002 e foi dispensado. 
Regressou à Turquia em 2003, para treinar o Bursaspor e, no ano seguinte, voltou ao Galatasaray. Na sua ex-equipa, venceu o seu único troféu como técnico – uma Taça da Turquia. Treinou depois o Politehnica Timișoara (2006). Em 2007, foi a vez de treinar outro seu antigo clube, o Steaua, que tinha conseguido classificar-se para a fase de grupos da Liga dos Campeões da UEFA e que fazia então grandes investimentos para voltar a lutar por títulos importantes. Hagi pediu a demissão três meses depois, não suportando as repetidas interferências do presidente do Steaua, o polémico Gigi Becali. Em 2010, assinou novo contrato como técnico do Galatasaray, onde ficou até Março de 2011. Em Junho voltou a treinar a Selecção Romena. 

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