EFEMÉRIDE – Alberto João Cardoso Gonçalves Jardim, professor, advogado, jornalista e político português, actual presidente do Governo Regional da Madeira, nasceu no Funchal em 4 de Fevereiro de 1943. Estudou em Coimbra, onde viveu cerca de uma década. É licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, tendo sido professor nos ensinos técnico e secundário. Foi também professor convidado da extinta Universidade Independente de Lisboa. É Doutor Honoris Causa em Ciências Políticas pela Universidade de S. Cirilo em Itália.
Cumpriu o serviço militar, como oficial de acção psicológica, em Lisboa e na Madeira. Foi director do Centro de Formação Profissional da Madeira, assim ingressando na função pública, a cujos quadros pertenceu depois de concluído o estágio de advocacia. Como jornalista, foi director do diário “Jornal da Madeira”, onde ainda colabora semanalmente. Também é colaborador de vários meios de comunicação social nacionais, regionais e de países de emigração portuguesa. Foi administrador de empresas, pertenceu aos corpos gerentes de várias instituições de solidariedade social, sendo ainda presidente da direcção da Fundação Social Democrata da Madeira, embora sem funções executivas. Foi um dos fundadores do então Partido Popular Democrático (PPD) em Maio de 1974, um mês após a Revolução dos Cravos. Co-fundador na Madeira do Partido Social Democrata regional, vem presidindo às suas Comissões Políticas Regionais e tem integrado as respectivas Comissões Políticas Nacionais. É presidente honorário da Juventude Social Democrata da Madeira.
Alberto João Jardim é Presidente do Governo Regional da Madeira desde 1978, Conselheiro de Estado por inerência, membro do Conselho de Defesa, membro do Conselho Superior de Defesa Interna e membro do Conselho Superior da Segurança Nacional. Tem uma das mais longas carreiras políticas, entre os dirigentes democraticamente eleitos de qualquer jurisdição em todo o mundo.
É ainda membro e ex-vice presidente (2000/01) do Comité das Regiões da União Europeia e presidente honorário da Cimeira Europeia das Regiões e Cidades. É fundador e membro da Assembleia Regional Europeia e foi vice-presidente do Partido Popular Europeu. Foi presidente das Conferências das Regiões Periféricas da União Europeia, entre 1978 e 1996, da qual é agora presidente honorário. É membro fundador da Assembleia das Regiões da Europa, a cujo Conselho já pertenceu.
Em Agosto de 2008, descontente com o PSD nacional, declarou ser sua intenção criar o Partido Social Federalista (PSF). Tem assumido posturas alternadamente patrióticas, independentistas e federalistas, quer a nível nacional quer a nível europeu, sendo um dos políticos portugueses mais controversos.
Em Janeiro de 2011, sofreu um enfarte do miocárdio e foi internado com prognóstico reservado. Recuperado, retomou as suas funções, tendo-se recandidatado ao seu actual cargo, nas eleições de Outubro de 2011. Este mandato terminará em 2015, tendo prometido retirar-se nessa ocasião.
Em Setembro de 2011, foi divulgado que – desde 2008 – o Governo Regional da Madeira tinha ocultado do registo oficial, parte da dívida pública da Madeira. Alberto João Jardim reconheceu que a dívida da Madeira era superior ao valor oficial em 1 100 milhões de euros. Mais tarde, o montante global da dívida da Região foi fixado em 5 000 milhões de euros. Por fim, Vítor Gaspar, ministro das Finanças, revelou que o apuramento final da dívida global da Madeira era de 6 300 milhões de euros. Em consequência, a Região Autónoma da Madeira foi submetida a um processo de ajustamento financeiro estabelecido pelo ministério das Finanças.
Entre as várias distinções que A. J. Jardim recebeu, salientam-se: a Medalha Militar da Cruz de São Jorge – 1.ª Classe, a Grã-Cruz da Ordem do Libertador (Venezuela), a Grã-Cruz da Estrela Polar (Suécia), a Grã-Cruz da Ordem de Francisco Miranda (Venezuela), o grau de Cavaleiro Honorário da Ordem Bizantina do Santo Sepulcro, a Medalha “Pro Mérito” do Conselho da Europa e a Orden Communidad del Município de Chacao (Venezuela). Publicou as seguintes obras: “Tribuna Livre”, “Pela Autonomia e o Desenvolvimento Integral”, “A Experiência da Autonomia Regional da Madeira” e “Regionalização, Europa, Estado e Poder Local”. É associado do Clube Sport Marítimo, agremiação desportiva madeirense.
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