domingo, 14 de agosto de 2016

14 DE AGOSTO - GEORGES HALDAS

EFEMÉRIDE Georges Haldas, escritor, filósofo e tradutor suíço, nasceu em Genebra, no dia 14 de Agosto de 1917. Morreu em Le Mont-sur-Lausanne, em 24 de Outubro de 2010.
De pai com origem grega e de mãe suíça, viveu até aos nove anos na ilha de Cefalónia, na Grécia. Depois, mudou-se com os pais para Genebra, onde viveu grande parte da sua vida. Sucessivamente, trabalhou para uma agência de notícias, exerceu a função de revisor, professor, livreiro e jornalista. Após ter residido muitos anos em Genebra, Paris e Itália, no final da sua vida mudou-se para Mont-sur-Lausanne onde, até ao fim, viveu com a sua companheira, a também escritora, Catherine de Perrot Challandes.
Como poeta, ensaísta e tradutor, Georges Haldas foi autor de uma produção literária muito rica e expressiva sobre a existência humana, que compreende catorze colectâneas de poemas (transformadas em antologia no ano 2000, com a publicação de sua “Poesia Completa”), traduções, ensaios, quarenta e cinco crónicas e os “Cadernos” intitulados “O Estado de Poesia”.
Georges Haldas explicava a criação da sua obra pela indissociável herança genética greco-suíça. O pai passava longas horas falando-lhe de questões metafísicas, enquanto a mãe se mostrava, sobretudo, receptiva em relação à poesia do quotidiano.
Depois dos estudos clássicos, Haldas inscreveu-se no curso de Letras da Universidade de Genebra. Numa certa época, pensou em se tornar teólogo ou tentar uma carreira no futebol, paixão desportiva transmitida pelo pai. Aos vinte anos, porém, passou a dedicar definitivamente a sua vida à arte da escrita, quando um dos seus professores o iniciou no estudo da Poesia.
Georges Haldas escrevia essencialmente nas mesas dos cafés de Genebra, que frequentava quase todos os dias. Escrevia cerca de cinco horas diariamente. O resto do tempo, dedicava-o a viver, a fim de poder transmitir nos seus escritos as experiências vividas.
Ele foi sobretudo um poeta e sonhava com um mundo onde os homens fossem iguais, apesar das diferenças de origem familiar, social e de talento. Esta atitude poética fez despertar nele o engajamento pela causa humana, denunciando regularmente tudo o que pudesse minar a igualdade e a dignidade dos homens.
Mesmo não exercendo uma militância directa nos meios políticos, apoiou – nos tempos da Guerra Fria – a coexistência pacífica com a União Soviética. Mais tarde, as efervescências no Médio Oriente preocuparam-no igualmente. «Enquanto os palestinos não tiverem uma terra, como Israel tem a sua, não haverá paz», repetia. «A paz do mundo passa hoje pelo Médio Oriente. É sobre isso que temos de concentrar a nossa atenção», afirmava também.
Recebeu duas vezes o Prémio Schiller (1971 e 1977). È reconhecido como um dos mestres contemporâneos dos diários e das autobiografias. Foi galardoado igualmente com o Grande Prémio de Genebra (1971) e com o Prémio Édouard-Rod 2004 pelo conjunto da sua obra. 

Sem comentários:

Arquivo do blogue

Acerca de mim

A minha foto
- Lisboa, Portugal
Aposentado da Aviação Comercial, gosto de escrever nas horas livres que - agora - são muitas mais...