A família do conde de Lambert é
de origem francesa mas, depois da revolução, foi forçada a exilar-se na Rússia
por algumas gerações. De lá vieram para Portugal, onde Lambert nasceu de mãe
francesa, que logo depois da morte do marido, retornou a
França (Agosto de 1867). Mais tarde, mudaram-se para Pau, onde Lambert cursou o ensino médio.
Tendo passado a sua juventude em
Pau, Lambert conheceu e tornou-se amigo de Paul Tissandier, filho do cientista e balonista Gaston Tissandier, inventor do
primeiro motor eléctrico para dirigíveis. Tornou-se engenheiro em 1891 e passou
a dedicar-se à criação de um hidrofólio. Lambert
participou numa corrida náutica no Mónaco em 1907,
pilotando um hidrofólio projectado por ele.
Lambert casou-se com Louise, com
quem teve uma filha, Jane de Lambert. Divorciaram-se depois.
Charles de Lambert foi a primeira
pessoa na França a ser ensinada a voar por Wilbur Wright. A primeira lição
aconteceu em Le Mans no dia 28 de Outubro de 1908.
Em 18 de Outubro de 1909, Lambert
«deixou o aeroporto de Juvisy às 4:36 numa máquina
Wright, voou através de Paris até a Torre Eiffel, circulou-a e voltou ao ponto
de partida, chegando em segurança as 5:25». Lambert reivindicou ter voado
cerca de 91 m acima dos 305 m da Torre Eiffel, o
que era praticamente igual ao recorde de altitude estabelecido por Orville
Wright em Berlim.
Lambert, juntamente com Hubert
Latham e Louis Blériot, foi um dos competidores ao
prémio de £ 1 000 oferecido pelo “Daily Mail” para quem tivesse sucesso em atravessar o Canal da Mancha num avião,
apesar de ele não ter interesse particular no dinheiro.
Ele levou os
seus dois Wright Flyers (nºs 2 e 18) para Wissant, onde
montou um acampamento para praticar e aguardar condições climáticas favoráveis. Latham fez a
primeira tentativa prática, mas teve problemas e fez
um pouso forçado na água, enquanto Lambert danificou os seus Flyers
durante os treinos. O prémio foi vencido por Louis Blériot, em 25 de Julho
de 1909.
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