Ele negociou os Acordos de Camp David com o
presidente do Egipto Muhammad Anwar al-Sadat, pelo qual ambos receberam o Prémio
Nobel da Paz em 1978.
Em 1939, ele tornara-se líder do Movimento Betar,
um movimento juvenil sionista. Em 1940/1941, foi prisioneiro da União
Soviética, sendo libertado em 1941 após o Acordo Sikorski-Mayski para,
em seguida, juntar-se ao Exército de Anders polaco. Não oficialmente
libertado desse exército juntamente com outros soldados judaicos, em 1942 ele
aderiu ao Irgun (também conhecido como Etzel) e, em 1947, assumiu
a liderança.
Ele foi responsável pelo Atentado do Hotel King
David em Jerusalém, na altura a central administrativa e militar dos
britânicos no Mandato Britânico da Palestina, um atentado que fez 91
mortos.
Em 1948, ele esteve envolvido no transporte de armas
para Israel, para o Irgun, o que acabou no afundamento do navio Altalena,
ordenado por David Ben-Gurion.
Em 1979, Begin assinou o Tratado de Paz
Israelo-Egípcio com Anwar Al-Sadat.
De acordo com os termos do tratado, Israel entregava a
Península do Sinai ao Egipto. Isto significava também a demolição de todos os
povoamentos israelitas na área (incluindo a cidade de Yamit). Begin defrontou
uma forte oposição a esta medida, o que levou à divisão dentro do seu próprio
partido Likud.
Várias centenas de conselheiros militares israelitas foram
enviados à Guatemala para ajudar a treinar os soldados do ditador Efraín Ríos
Montt que enfrentava uma insurreição camponesa.
Em 1981, Begin ordenou o ataque ao reactor nuclear Osiraq/Tammuz
no Iraque (um reactor vendido a Saddam Hussein pelos franceses). Pouco depois,
Begin afirmou que «De forma nenhuma iremos permitir que um inimigo
desenvolva armas de destruição em massa contra o povo de Israel». Esta
posição quanto à política nuclear de Israel é agora conhecida como a doutrina
Begin, apesar de até hoje não haver provas de que o reactor serviria para a
produção de armas de destruição em massa.
Em 1982, o governo de Begin decidiu a invasão israelita
do sul do Líbano, argumentando a necessidade de acabar com o bombardeamento do
norte de Israel por parte da OLP. Isto iniciou a presença israelita na Guerra
Civil Libanesa, que continuou por mais três anos (com uma presença menor, mas
que continuou até ao ano de 2000).
De acordo com um repórter do “Haaretz”, Uzi
Benziman, o então ministro da defesa Ariel Sharon enganou Begin quanto ao
objectivo da guerra, e estendeu-a sem autorização. Sharon processou o “Haaretz”
e Benziman em 1991. O julgamento durou 11 anos, sendo um dos pontos altos a
deposição de Benny Begin, o filho de Menachem Begin, em favor da defesa. Sharon
perdeu o caso.
Begin retirou-se em Agosto de 1983, decepcionado e
deprimido pela guerra, a morte de sua esposa e a sua própria doença. Faleceu em
1992, ao que se seguiu uma cerimónia fúnebre simples, tendo sido sepultado no Monte
das Oliveiras.
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