Foi também uma militante feminista e activista dos
direitos humanos. Foi igualmente dramaturga e professora, tendo escrito mais de
quarenta livros, que foram traduzidos para mais de vinte idiomas.
Diane, nascida no Brooklyn, pertence à segunda
geração de italianos nascidos nos Estados Unidos. Começou a escrever aos sete
anos de idade e decidiu tornar-se poeta aos 14 anos. Ingressou no Swarthmore
College, mas largou o curso para se tornar poeta em Manhattan.
O seu avô materno, Domenico Mallozzi, era um activo
anarquista, associado a outros membros do movimento, como Carlo Tresca e Emma
Goldman.
Diane começou a escrever bem cedo e, aos dezanove anos,
correspondia-se com escritores como Ezra Pound e Kenneth Patchen.
O seu primeiro livro de poesias, “This Kind of Bird
Flies Backward”, foi publicado em 1958, pela Totem Press, dirigida
por LeRoi Jones. O livro é considerado um dos marcos iniciais do movimento
beat, no qual Di Prima participou tanto como escritora, como editora.
Durante as décadas de 1950 e 1960, Diane
viveu em Manhattan, onde participou no surgimento e no crescimento da geração
beat.
Dividindo o seu tempo entre as costas oeste e leste,
ela acabou por se fixar permanentemente em São Francisco e foi uma figura que
ligou o movimento criado pela geração beat e os hippies, bem como os artistas
dos dois lados dos Estados Unidos.
Foi editora do jornal “The Floating Bear” com
LeRoi Jones e foi co-fundadora do “New York Poets Theatre”, tendo
fundado também o “Poets Press”.
Em várias ocasiões, Diane foi acusada de obscenidade
pelo governo dos Estados Unidos pelo seu trabalho. Em 1961, foi presa pelo FBI
por publicar dois poemas no “The Floating Bear”. Segundo Diane, os
federais, continuamente, ameaçavam-na e pressionaram-na devido à natureza dos
seus poemas.
Em 1969, ela escreveu uma ficção erótica contando com
detalhes as suas experiências com o movimento beat, chamado “Memoirs of a
Beatnik”.
De 1974 a 1997, leccionou no Naropa Institute,
em Boulder, no Colorado. Em 2001, publicou “Recollections
of My Life as a Woman: The New York Years”.
Diante é conhecida pelo seu envolvimento no movimento
contra a gordofobia. A sua poesia costuma reflectir as suas visões a este respeito,
como a colecção de poemas de 1990, “Pieces of a Song: Selected Poems”. Numa
entrevista de 2001, ela discorre sobre os seus pensamentos a respeito da visão
que a sociedade tem sobre a obesidade.
Mesmo sem ser gorda, ela se viu envolvida na questão e
passou a expressar a sua opinião e preocupação. Incapaz de fornecer ajuda, ela passou a ajudar
pessoas que lutam contra o peso, que caíram em depressão ou sofrem bullying
por causa disso.
Diane teve cinco filhos: Jeanne di Prima, Dominique di
Prima, Alex Marlowe, Tara Marlowe e Rudi di Prima. Dominique é sua filha com LeRoi
Jones. Em 1962, ela casou-se com Alan Marlowe, de quem se divorciou em 1969 e,
em 1972, casou-se com Grant Fisher, de quem se divorciou em 1975.
Faleceu em 2020 num hospital de São Francisco, aos 86
anos, após oito anos a lutar contra a doença de Parkinson.
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