quinta-feira, 17 de agosto de 2023

17 DE AGOSTO - MAUREEN O’HARA

EFEMÉRIDE - Maureen O’Hara, nascida Maureen FitzSimons, actriz e cantora irlandesa, nasceu em Dublin no dia 17 de Agosto de 1920. Morreu em Boise, em 24 de Outubro de 2015.

Ficou conhecida por interpretar heroínas fortes e apaixonantes com notável sensibilidade. Trabalhou diversas vezes com o director John Ford e com John Wayne, seu amigo de longa data.

A sua autobiografia, intitulada “Tis Herself”, foi publicada em 2004 e tornou-se um best-seller do “New York Times”.

Maureen tinha cinco irmãos, sendo a segunda mais velha. O pai dela era um empresário do ramo de roupas, que também comprou o Shamrock Rovers Football Club, cuja equipa ela apoiava desde a infância. A mãe, uma ex- contralto de óperas, era uma costureira de trajes femininos bem-sucedida.

O’Hara foi criada como católica, religião que continuou seguindo. Maureen frequentou a Abbey Theatre, uma escola de representação, e a Ena Mary Burke School of Drama and Elocution, em Dublin. Nessa época, ela sonhava em ser actriz de teatro. Dos seis aos dezassete anos, recebeu treino em drama, canto e dança.

Aos dez anos, entrou para a Rathmines Theatre Company, onde actuava em peças amadoras. O pai de O’Hara era um homem muito prático que não apoiava completamente as aspirações teatrais dela. Ele insistiu que ela aprendesse alguma coisa para o caso de sua carreira como actriz não desse certo. Então, ela se matriculou numa escola de negócios e tornou-se uma eficiente contabilista e dactilógrafa.

Tais habilitações vieram a ser úteis anos mais tarde, quando ela precisou de transcrever notas de John Ford sobre a adaptação cinematográfica de “The Quiet Man”, conto de Maurice Walsh.

Ela saiu-se bem no seu treino na escola Abbey, por isso ganhou a oportunidade de fazer um teste em Londres para o cinema.

Em 1938, ela fez uma ponta no seu primeiro filme (“Kicking the Moon Around”), em Londres. No ano seguinte, contracenou com Charles Laughton em “A Estalagem Maldita”, de Alfred Hitchcock.

Fascinado pela ruiva de olhos verdes, Laughton levou-a para Hollywood, onde voltaram a actuar juntos no clássico “O Corcunda de Notre Dame”, baseado na obra de Victor Hugo.

O’Hara entrou para as histórias do horror como a mais sedutora intérprete de Esmeralda nos ecrãs. Foi a favorita de John Ford, que a dirigiu em “Como Era Verde o Meu Vale” (1941) e “A Paixão de uma Vida” e “Depois do Vendaval” (1952, com seus irmãos Sean McClory e Charles FitzSimons) e “Asas de Águias” (1957), nos quais formou par romântico com John Wayne, ao lado de quem fez também “Quando um Homem É Homem” (1963) e “Jake Grandão” (1971).

Após 20 anos longe dos ecrãs, retornou em “Muinha Mãe Não Quer Que Eu Case” (1991) e actuou em alguns telefilmes.

Segundo o seu manager, John Nicoletti, morreu na sua casa em Boise, no estado norte-americano de Idaho, rodeada pela família e a ouvir «a sua música preferida», exactamente do filme “O Homem Tranquilo”.

Em 1939, aos 19 anos de idade, casou-se com George H. Brown, um produtor, assistente de produção e, ocasionalmente, guionista, cujo trabalho mais conhecido foi o filme da década de 1960Murder She Said”, adaptação das histórias de Miss Marple.

O casamento foi anulado em 1941. Nesse mesmo ano, ela casou com William Houston Price, director de filmes que havia sido director de diálogos no filme “O Corcunda de Notre Dame”, mas o casamento chegou ao fim em 1953 devido aos problemas de Prince com álcool. Da união nasceu Bronwyn FitzSimons Price, em 1944, única filha de O’Hara.

De 1953 até 1967, O’Hara teve um relacionamento com Enrique Parra, político e banqueiro mexicano. Na sua biografia, ela escreveu sobre ele: «Enrique me salvou da escuridão de um casamento abusivo e trouxe-me de volta à luz calorosa da vida. Deixá-lo foi uma das coisas mais difíceis que tive de fazer».

Casou-se com Charles F. Blair Júnior, seu terceiro marido, em 12 de Março de 1968. Blair era um pioneiro na indústria transatlântica de aviação, um ex-brigadeiro da Força Aérea dos Estados Unidos e piloto-chefe aposentado da Pan Am. Alguns anos após o seu casamento, O’Hara aposentou-se da carreira como actriz. Em 1978, Blair morreu na decorrência de um acidente aéreo. O’Hara, então, foi eleita CEO e presidente da Antilles Airboats, com a distinção de ser a primeira mulher a presidir uma empresa área regular nos Estados Unidos. Mais tarde, ela vendeu a companhia com a permissão dos accionistas.

O’Hara permaneceu aposentada até 1991, quando voltou a actuar no filme “Only the Lonely”, interpretando Rose Muldoon, a mãe dominadora de um polícia da cidade de Chicago interpretado por John Candy.

Nos anos seguintes, actuou em vários filmes feitos para a televisão. Entre eles, “The Christmas Box”, “Cab for Canada” e “The Last Dance”, o último de seus filmes, que foi lançado em 2000.

Então aposentada de vez, tem casas no Arizona e nas Virgin Islands, mas vive principalmente em Glengarriff, County Cork.

Em Junho de 2011, participou no Maureen O’Hara Film Festival em Glengarriff.

Maureen faleceu em sua casa, em Boise, aos 95 anos, de causas naturais, segundo comunicou a sua família.  Foi sepultada no Cemitério Nacional de Arlington.

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