Era filha, com mais quatro
irmãos, de Mário Canellas e Maria Eugénia d’Oliveira Canellas.
Casada com Fernando
d’Assunção Sousa, trocou, em 1950, o bairro da sua juventude, Campo de Ourique,
por Sintra, onde passou a viver e teve cinco filhos.
Entregou-se à poesia aos
quinze anos, com trabalhos publicados em jornais e revistas nacionais e do
então Ultramar.
Ganhou prémios juvenis,
assinando com Ana Arlési, o seu primeiro pseudónimo.
Foi aos vinte anos que deu à
sua escrita o rumo e a intensidade que marcaram o seu trabalho poético.
Um dos prémios ganhados por
Ana Daniel foi o Prémio do Concurso de Manuscritos de Poesia, em 1969,
prémio esse atribuído pela antiga Secretaria de Estado da Informação e
Turismo.
Enquanto cuidava da vida
familiar, encontrava também tempo para ler autores como Rosalía de Castro,
Fernando Pessoa, Sebastião da Gama, Sophia de Mello Breyner, entre tantos
outros, assim como para a sua própria poesia.
Conta-se que houve muitos
poemas engavetados de Ana, muitos deles que a poetisa escrevia nos
versos dos pacotes de açúcar.
O primeiro livro
publicado por Ana Daniel foi “Momento Vivo”, que foi editado no ano de
1970 pelas Edições Panorama.
Depois de muito tempo sem
publicar mais nenhum livro, em Junho o 2010 publica “Nos Olhos das
Madrugadas”. Este livro foi lançado em Sintra, no Palácio de Valenças,
pela Arbusto Editores.
As suas obras poéticas,
certas vezes, exprimiam os sentimentos de diferentes fases da sua vida. “Quero”,
“Paráfrase” e “Se eu te disse” são alguns dos títulos das suas poesias.
Faleceu aos 83 anos, de
causas desconhecidas. O seu velório
aconteceu na igreja de São Miguel, em Sintra, e o funeral foi no Cemitério
de São Marçal.
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