Os três homens eram o seu
meio-irmão e dois primos. Fizeram-no por causa da sua orientação sexual.
As notícias sobre a situação
atraíram a atenção e cobertura significativas nos meios de comunicação social e
suscitaram apelos de activistas e celebridades para desafiar a homofobia no Irão.
Identificado como um caso de
homicídio de honra, o homicídio por decapitação foi cometido dias depois do
meio-irmão de Fazeli Monfared ter tomado conhecimento da sua orientação sexual,
através do seu cartão de isenção do serviço militar.
As leis militares do Irão
isentam os gays do serviço militar obrigatório. Foi relatado que Fazeli
Monfared estava planeando mudar-se para a Turquia e buscar asilo após receber a
isenção do serviço militar.
A mãe de Fazeli Monfared foi
hospitalizada após saber da morte, de acordo com o grupo iraniano de direitos LGBT,
e o seu meio-irmão e primos foram presos.
A lei militar anti LGBT
do Irão, que denuncia gays foi responsabilizada pelo assassinato de Fazeli
Monfared.
De acordo com pessoas que
conheceram Alireza Fazeli Monfared, ele enfrentou anos de assédio
homofóbico e transfóbico, que nunca denunciou à polícia «por medo de
enfrentar violência e processos por parte das autoridades».
Activistas e celebridades,
incluindo a cantora norte-americana Demi Lovato, postaram nas redes sociais
sobre o assassinato para aumentar a conscientização sobre a homofobia no Irão.
A activista LGBT
iraniana Masih Alinejad, que mora nos Estados Unidos, disse ao “Insider” que «fui dar uma olhada na página
dele e descobri que ele estava cheio de vida. Imediatamente, postei sobre a sua
morte nas minhas redes sociais e tornou-se viral. Gostaria que ele tivesse
recebido esse tipo de atenção enquanto estava vivo.».
Muitos iranianos LGBT
filmaram secretamente vídeos caminhando com os seus parceiros e exibindo
bandeiras de arco-íris para protestar contra o assassinato.
A organização de direitos
humanos Amnesty International apelou a uma investigação completa sobre o
assassinato e à revogação das leis antigas do Irão.
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