É filha do engenheiro Mário
Ramos Carvalho Roseiro e de sua mulher, Zita Lopes Moreira de Seabra.
Aderiu ao Partido
Comunista Português em 1965 e passou à clandestinidade em 1968, antes mesmo
de fazer dezoito anos, passando 6 anos na clandestinidade até ao 25 de Abril
de 1974, com o falso nome de Helena Sá e Costa.
Viveu os primeiros anos de
clandestinidade na zona Norte (Porto, Cête, Praia da Madalena), até vir
controlar o sector estudantil do PCP em Lisboa (1970).
Liderou a fundação da União
dos Estudantes Comunistas (UEC) antes e depois do 25 de Abril.
Escreveu para diversas
publicações clandestinas do PCP, como o “Avante”, “O Militante”,
o “Jornal das Camaradas das Casas do Partido” e os jornais da UEC.
Entrou para o Comité
Central do PCP no 1º Congresso ordinário do PCP após o 25
de Abril.
Deputada à Assembleia da
República entre 1980 e 1987, pelos círculos de Lisboa e de Aveiro, foi
eleita para a Comissão Política do Comité Central do PCP em 1983,
no X Congresso do Partido.
Em 1982, foi a responsável
pela apresentação no parlamento de legislação sobre o aborto.
Foi a mais conhecida
dissidente do PCP, em virtude do processo interno que lhe foi movido e
que culminou com a expulsão em 1988 da Comissão Política, primeiro, e do
Comité Central, depois.
Ainda em 1988, publicou o
livro “O Nome das Coisas: reflexão em tempo de mudança”, que teve sete
edições até ao ano seguinte.
Em Março de 1989, fez a
cobertura para o jornal “Expresso” das primeiras eleições livres na
URSS.
Coordenou o Secretariado
Nacional para o Audiovisual em 1993, ano em que assumiu a presidência do Instituto
Português de Cinema. De 1994 a 1995, foi presidente do Instituto
Português da Arte Cinematográfica e Audiovisual.
Aderiu ao Partido Social
Democrata (PPD/PSD) e, nessa condição, foi candidata à presidência
da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira nas eleições autárquicas de
1997.
Eleita pelo PSD no
círculo de Coimbra em 2005, foi deputada na X legislatura e
vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD na Assembleia da
República até Outubro de 2007. Nessa legislatura, destacou-se pelas
posições que tomou contra a legalização do aborto, de que havia sido uma das
mais acérrimas defensoras nos tempos de militância comunista.
No XXX Congresso do PSD,
em 2007, passou a ser um dos seis vice-presidentes da Comissão Política
Nacional deste partido, cargo que desempenhou até Maio de 2008.
Foi uma das principais
signatárias do Manifesto em Defesa da Língua Portuguesa Contra o Acordo
Ortográfico de 1990, petição on-line que, entre Maio de 2008 (data do
início) e Maio de 2009 (data da apreciação pelo Parlamento), recolheu
mais de 115 mil assinaturas válidas.
Em 2019, foi mandatária
nacional da candidatura do partido Iniciativa Liberal às Eleições
legislativas portuguesas de 2019.
Iniciou o seu percurso
profissional na editora Quetzal, foi administradora e directora
editorial da Bertrand Editora e é actualmente presidente do Conselho
de Administração e directora editorial da Alêtheia Editores, da qual
foi fundadora.
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