Era conhecida também pelo
pseudónimo “George”, conduziu um importante salão literário nos meados do
século XVII, em França, e nunca se casou.
Foi a primeira mulher a obter
o prémio da Academia Francesa.
Nasceu no seio de uma família
aristocrática de pouco reconhecimento. Ficou órfã aos 6 anos de idade, ficando
a partir daí sob os cuidados de um tio que era clérigo e que lhe proporcionou
uma vasta educação.
Estudou Escrita, Desenho,
Pintura, Música e Dança, além dos idiomas espanhol e
italiano. Recebeu educação prática em Medicina, Agricultura e Economia
doméstica.
Fixou-se em 1637 em Paris, no
bairro de Marais, junto ao seu irmão mais velho, o escritor Georges de Scudéry,
passando a frequentar o Hôtel de Rambouillet, no qual debatia o estilo
literário do preciosismo. Nesse período, lançou a sua carreira literária,
na qual escreveu volumosas novelas galantes.
Sob o pseudónimo de “Georges”,
o nome do seu irmão, publicou romances históricos em 1641 e 1642. Adquiriu fama
com o romance “Artamène or the Great Cyrus,” dividido em dez volumes
publicados entre os anos de 1648 e 1653. Escreveu também “Clélie, histoire
romaine”, publicado entre os anos 1654 1660.
Conduziu um salão literário
por conta própria conhecido como “Sábados de Mme. de Scudéry”, nos quais
personagens proeminentes da sociedade francesa, tais como Madame de Lafayette,
de Maintenon e Sevigné, bem como, Antoine Gombaud e Paul Pellisson, se reuniam
para discutir questões eruditas e galantes.
Os debates envolviam questões
do amor, bem como, os escritos de Montaigne, Pierre Charron e Marguerite de
Navarre, sobre a natureza da amizade.
Teóricos apontam que, ao se
apropriar do estilo de escrita de conversação, ou seja, texto escrito em forma
de diálogos, na sua obra “Conversations sur Divers Sujets”, Madeleine de
Scudéry elaborou uma retórica própria de carácter proto feminista.
Outro pseudónimo de Madeleine
de Scudéry era denominado Safo.
Faleceu aos 93 anos de idade.
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