Participou nos dois primeiros
Campeonatos Mundiais de Fórmula 1 em 1950 e 1951, somando sete provas,
uma vitória, uma pool position e trinta e dois pontos.
Foi piloto oficial da Alfa
Romeo durante esse período; Fagioli é a única pessoa não nascida no século
XX a ter vencido uma corrida de Fórmula 1.
Fagioli iniciou a sua
carreira como piloto ainda na década de 1920, disputando provas na
Itália, em França e na Alemanha.
Já tinha 52 anos de idade
quando disputou a sua primeira temporada de Fórmula 1, surpreendendo
todos com uma performance constante: terminou em segundo lugar em quatro das
seis provas do ano (chegaria em terceiro noutra e abandonaria outra).
Ficou famoso pela sua
determinação e pelo seu temperamento. Em 1934, correndo uma prova pela Mercedes
em pleno Nurburgring, recebeu ordens de ceder a vitória a um companheiro de
equipa. Furioso, parou o carro na beira da estrada (a corrida era disputada numa
rodovia) e voltou para casa, deixando a equipa.
Em 1936, durante um dia de
corrida, discutiu com um dos pilotos da Mercedes e um mecânico da equipa
arremessou um martelo na direcção do italiano, que evitou o golpe.
Essas reacções foram vistas
em 1951. Fagioli era companheiro de equipa de Juan Manuel Fangio e, na altura
do GP da França, o argentino disputava o título com Giuseppe Farina.
Durante a prova, Fangio teve problemas com o seu carro e, usando um artifício
permitido pelo regulamento, a Alfa chamou Fagioli (líder da prova) para as
boxes e entregou o seu carro a Fangio. O argentino venceu a prova, mas
de acordo com o regulamento, a vitória e os pontos foram repartidos com
Fagioli. Este foi um dos dois casos de empate na categoria (o outro ocorreria
com Stirling Moss e Tony Brooks).
A vitória compartilhada de
Fagioli também marcaria três recordes até hoje insuperáveis: o de piloto mais
velho (53 anos e 22 dias) a vencer um Grande Prémio, o mais velho a
subir ao pódio e o mais velho a pontuar. Mesmo assim, Fagioli ficou
insatisfeito com a equipa e demitiu-se no final da premiação.
Luigi Fagioli prosseguiu com
a sua carreira até meados de 1952, já quase com 54 anos de idade.
Durante uma prova de exibição
no Mónaco, sofreu um acidente pilotando uma Lancia desportivo, batendo
no túnel existente no percurso do principado, quebrando um braço e uma perna,
além de sofrer ferimentos internos. Levado ao hospital, parecia não correr mais
risco de vida mas, três semanas depois, o seu estado complicou-se, vindo a
falecer em consequência dos ferimentos.
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