Ela desempenhou vários tarefas
durante toda a Primeira Guerra Mundial. Girard-Mangin também era
especialista em tuberculose.
Os pais eram de
Varennes-en-Argonne, na região nordeste da França. O pai era professor escolar.
Mangin começou a estudar Medicina
em 1896. Em 1899, casou-se com André Girard, adoptando o seu apelido ao lado do
seu como Girard-Mangin.
Ela interrompeu os seus
estudos para ajudar o marido nos vinhedos da família dele na região de
Champagne.
Após o filho do casal nascer,
decidiram divorciar-se. Girard-Mangin retomou os seus estudos e apresentou a sua
tese em 1909. Ela especializou-se em Tuberculose e doenças
contagiosas e, posteriormente, abriu uma clínica e iniciou uma pesquisa
sobre o cancro.
No início de Agosto de 1914,
os militares franceses estavam mobilizando-se em todo o país. A França estava
chamando o máximo de soldados, enfermeiras e médicos que podia antes da guerra,
que poderia começar a qualquer momento.
Girard-Mangin, que ainda
usava o sobrenome do seu ex-marido, foi chamada. Pode ter havido um erro na sua
papelada, o que levou um funcionário a pensar que estava ligando para um médico
de nome dr. Gerard Mangin. Mesmo assim, os seus documentos estavam em ordem e,
como resultado, ela tornou-se a primeira médica do Exército Francês; no
entanto, ela não tinha uma patente oficial nem o salário de um médico.
O seu primeiro posto foi num
antigo spa de saúde em Bourbonne-les-Bains, onde o seu superior não
aprovava que uma mulher fosse médica ali. Ele escreveu diversas vezes para a
sede solicitando que Girard-Mangin fosse removida do posto. Os seus pedidos
foram recusados sistematicamente, pois o exército francês ainda tinha uma
enorme escassez de médicos qualificados. Uma semana depois de chegar no local,
ela atendeu os seus primeiros pacientes, vários soldados feridos.
Em Novembro, Girard-Mangin
foi realocada para um hospital militar em Verdun, onde ficou até Fevereiro de
1916. Recebeu também a primeira patente, como Médica Auxiliar, mas a sua
remuneração manteve-se ao nível das enfermeiras.
Em Verdun, ela cuidou de
pacientes com febre tifóide. No entanto, a partir de Fevereiro de 1916, o
exército alemão iniciou um ataque inesperado na região de Verdun. Os alemães
fizeram grandes avanços num curto período de tempo. Tornou-se evidente que o
hospital onde Girard-Mangin estava a funcionar, logo seria capturado pelas
forças inimigas. Ela conseguiu escapar junto com todos os seus pacientes.
Durante a evacuação, Girard-Mangin foi ferida quando um estilhaço quebrou a
janela do veículo em que ela estava.
Posteriormente, ela
confrontou o seu oficial superior por causa de sua falta de patente e salário.
Após vários meses, Girard-Mangin foi elevada à patente de Major, 2ª classe,
e recebeu o seu pagamento atrasado.
Em 1917, ela foi promovida ao
posto de Capitã e foi nomeada directora do programa de treino de
enfermeiras do Hospital Edith Cavell em Paris.
Enquanto esteve em Paris,
Girard-Mangin fez campanha pela União Francesa pelo Sufrágio Feminino.
Ela também participou nas sessões da Cruz Vermelha Americana sobre
tuberculose.
Girard-Mangin faleceu em Junho
de 1919 devido a uma suposta overdose. O seu biógrafo sugeriu que ela estava
sofrendo de um cancro incurável e queria interromper o sofrimento.
Ateia, Girard-Mangin recebeu
um funeral civil. Ela foi cremada no Cemitério do Père Lachaise e as suas
cinzas foram enterradas na tumba da família em Saint-Maur-des-Fossés.
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