terça-feira, 30 de janeiro de 2007

DESPENALIZAÇÃO DA IVG – Referendo 11 de Fevereiro
Aceitando o simpático repto de uma visitante deste blog, vou explanar de modo sucinto a minha opinião sobre o Referendo do dia 11 de Fevereiro

1 - VOTAR NÃO

- Mantém a lei actual. A IVG (Interrupção Voluntária da Gravidez) continuará a ser ilegal e portanto a mulher que a quiser fazer terá de utilizar o serviço de parteiras clandestinas, com ausência de cuidados de higiene e, muitas vezes, com desconhecimentos técnicos. Porventura, posteriormente, com recurso a hospitais, para remediar complicações, infecções, perdas de sangue e, ainda por cima, pondo em risco a própria vida. Por fim, como se não fosse já suficiente, sujeitar-se à justiça penal, se for denunciada.
- Para as que têm condições económicas para isso, continua a fomentar-se a ida a Espanha (há clínicas junto da fronteira), a Londres ou a outro qualquer país desta Europa Medieval, como disse a Laurinda Alves ontem na Televisão, com uma "santa ignorância".
- Certas religiões, certos padres, o Papa, são pelo não. Mas que mal há nisso? Respeitemo-los! Oxalá eles respeitassem o lado contrário. Ninguém obriga as suas seguidoras a abortar. São mulheres livres... Ou não? Serão mulheres condicionadas? Pretende-se apenas que as mulheres que a queiram fazer, o façam de modo consciente, informado e responsável, e que não sejam penalizadas nem presas por isso. Doutro modo, limitam-se a dizer-lhes que é pecado, depois confessam-nas e perdoam-lhes, mediante uma qualquer penitência. Santa hipocrisia!

2 - VOTAR SIM

- É não penalizar as mulheres que decidem abortar até às 10 semanas.
- É dar às mulheres a possibilidade de o fazerem através do Serviço Nacional de Saúde, em condições humanas e como um acto médico normal.
- É acabar com as parteiras clandestinas.
- É acabar com as deslocações a Espanha para abortar.
Até há publicidade dessas clínicas na Imprensa portuguesa!- É evitar filhos indesejados e o abandono frequente após a nascença, vivos ou mortos.- É não fornecer tantas crianças para a adopção. Até já há casais, mesmo aqui em Portugal, que se dão ao luxo ou extravagância de adoptar uma criança de cada raça. Ao que isto chegou! Embora estas crianças possam vir a ser felizes, é o que mais desejo, ousaria (sem ofensa) chamar a isto coleccionismo.
- É desejar que se criem mais Consultas de Planeamento Familiar e se divulgue o uso de métodos contraceptivos.
- É adaptar as leis à realidade e a realidade é que as AVG continuarão sempre a ser feitas, o problema é decidir como, onde e em que condições.

CONCLUINDO:

- VOTAR NÃO, É DIZER NÃO A UMA VIDA DIGNA, DESEJADA, QUE NÃO SEJA OBRA DO ACASO OU DE "ACIDENTES".

- VOTAR SIM, É DIZER SIM A UMA VIDA DIGNA, TANTO DOS PAIS COMO DOS FILHOS DESEJADOS. DIZER SIM É TER RESPEITO PELA VIDA DA MULHER. DIZER SIM É DIVULGAR O USO DE CONTRACEPTIVOS.

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