EFEMÉRIDE – Brigitte Anne-Marie Bardot, actriz e cantora francesa, nasceu em Paris, no dia 28 de Setembro de 1934. É conhecida mundialmente, até pelas suas iniciais “BB” e foi o grande símbolo sexual dos anos 1960 e 1970. Quando se afastou do mundo do espectáculo, tornou-se numa importante activista dos direitos dos animais.
Em 1947, ingressou no “Conservatoire National Supérieur de Musique et de Danse de Paris”, frequentando aulas de ballet durante três anos.
Com o incentivo da mãe, começou a fazer trabalhos de moda aos quinze anos e, em 1950, foi capa da revista Elle, o que chamou a atenção do então jovem assistente de realização cinematográfica Roger Vadim. Estreou-se no cinema em 1952 com “Le Trou normand” e, no mesmo ano, casou-se com Vadim. No seu segundo filme (“Manina, la fille sans voile”), diversas cenas de biquíni fizeram com que o pai recorresse à Justiça para impedir que elas fossem levadas ao público, mas sem sucesso.
Entre 1952 e 1957 fez dezassete filmes. O marido deu-lhe o principal papel em “E Deus Criou a Mulher”, que constituiu um grande sucesso mas causou escândalo mundial, com as suas cenas de nudez a desfilarem nas telas de todo o mundo. Na moralista Hollywood dos anos 50, onde o maior símbolo sexual, Marilyn Monroe, tinha aparecido “muito menos despida”, BB transformou-se numa aposta arriscada para os estúdios, também pelo seu sotaque e pelos conhecimentos limitados de inglês. Isso impediu-a de fazer uma grande carreira no cinema norte-americano. Charles de Gaulle teria dito em 1968 que «Brigitte Bardot era mais importante para a balança comercial francesa que as exportações da indústria automobilística».
Bardot divorciou-se em 1957 e dois anos depois casou-se com o actor Jacques Charrier. Em 1962, filmou com Louis Malle e Marcello Mastroianni “Vida Privada”, um filme quase autobiográfico sobre uma celebridade do cinema sem vida pessoal, por causa da perseguição constante da imprensa. Pouco depois BB retirou-se da vida agitada das grandes cidades e mudou-se para uma mansão em Saint Tropez, no sudoeste da França. No resto dos anos 1960 o seu mito de ícone sexual foi alimentado por filmes que ficaram célebres, por vários musicais de televisão e por algumas gravações discográficas produzidas por Sacha Distel e Serge Gainsbourg.
Em 1973, anunciou o fim da sua carreira. Após 48 filmes e mais de oitenta canções, Brigitte Bardot passou a usar a sua fama pessoal para defender os direitos dos animais. Em 1977 chamou a atenção mundial para o massacre dos “bebés focas” no norte do Canadá. Em 1986 criou a Fundação Brigitte-Bardot, declarada de utilidade pública pelo governo francês em 1992. Entre 1989 e 1992, apresentou na TV francesa uma série chamada S.O.S. Animais. Entre outras causas, ela liderou campanhas contra a caça das baleias, as experiências em laboratório com animais, as lutas autorizadas entre cães e o uso de casacos de pele. Curiosamente sob o ponto de vista político aproximou-se da extrema-direita e tomou várias posições racistas e insultuosas para os homossexuais. Foi alvo de vários processos na justiça.
Além de ser a responsável pela popularidade de St. Tropez, ao mudar-se para lá no começo dos anos 60, Brigitte Bardot também alterou a vida de uma pequena cidade do litoral do Rio de Janeiro chamada Armação dos Búzios, onde ficava hospedada nas suas visitas ao Brasil, na companhia do namorado de então (1964) Bob Zaguri.
Bob Dylan dedicou-lhe a primeira música que compôs. Além disso, o seu nome consta em dezenas de músicas feitas por artistas tão diversos como Elton John, The Who e Caetano Veloso, entre muitos outros.
Em 1985 BB foi nomeada Cavaleiro da Legião de Honra pelo presidente Mitterrand, mas recusou o título.
A imprensa sensacionalista chamava-a “devoradora de homens” pela rapidez com que terminava os seus relacionamentos e pela quantidade deles. O seu terceiro casamento foi com o playboy e multimilionário alemão Gunter Sachs. O quarto e último foi em 1992, aos 58 anos, com Bernard d'Ormale, ex-conselheiro do político francês Jean-Marie Le Pen.
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