EFEMÉRIDE – Robert Schuman, político e estadista francês, considerado um dos fundadores da Comunidade Europeia, faleceu em Scy-Chazelles, França, no dia 4 de Setembro de 1963. Nascera em Clausen, Luxemburgo, em 29 de Junho de 1886.
Frequentou o ensino primário e secundário no Luxemburgo, tendo feito os estudos de Direito em Berlim, Munique, Bona e Estrasburgo. Exerceu a profissão de advogado em Metz, tendo-se aposentado, por razões de saúde, dois anos após o começo da Primeira Guerra Mundial.
Em 1919 foi eleito Deputado da Assembleia Francesa, mandato renovado até 1940. Reeleito ainda de 1946 a 1962.
Em 1939 começara a Segunda Guerra Mundial e, em Março de 1940, Robert Schuman foi nomeado Sub-secretário de Estado para os Refugiados. Meses depois, foi preso pela Gestapo e colocado secretamente na prisão de Metz. Em 1941 foi transferido para Neustadt, na Renânia, de onde conseguiu fugir e alcançar uma zona livre, em Agosto de 1942.
Presidente do Conselho em 1947, Ministro dos Negócios Estrangeiros em 1948/1952, ele foi negociador de todos os grandes tratados do final da Segunda Guerra Mundial (Conselho da Europa, Pacto do Atlântico Norte, CECA, etc.).
Propôs em 1950 colocar a produção franco-alemã de carvão e de aço sob uma Alta Autoridade comum, numa organização aberta à participação de outros países da Europa. Esta proposta levou à criação da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA), que constituiu os alicerces da actual União Europeia.
De 1958 a 1960, Schuman foi o primeiro Presidente do Parlamento Europeu, que o condecorou no final de seu mandato com o título de “Pai da Europa”. Retirou-se da política em 1962.
Um processo de beatificação de Robert Schuman foi aberto pela Igreja Católica em 1991, tendo sido ouvidas 200 testemunhas. Este processo, que conta com cinquenta mil páginas e pesa cerca de meia tonelada, encontra-se actualmente em estudo na Congregação para as Causas dos Santos no Vaticano.
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