EFEMÉRIDE – Luis Fernando Veríssimo, jornalista e escritor brasileiro, nasceu em Porto Alegre no dia 26 de Setembro de 1936.
É conhecido em todo o mundo lusófono pelos seus textos de humor, publicados na imprensa brasileira. É igualmente cartoonista, tradutor, guionista de televisão, dramaturgo e romancista. Tocou também saxofone em vários conjuntos. Tem mais de sessenta livros publicados, sendo um dos escritores brasileiros contemporâneos mais populares. É filho do grande escritor Érico Veríssimo (1905-1975).
Viveu parte da sua infância e adolescência nos Estados Unidos, tendo estudado neste país até ao secundário. No período em que viveu em Washington, Veríssimo desenvolveu a sua paixão pelo jazz, tendo estudado saxofone e assistido a espectáculos dos maiores músicos da época, como Charlie Parker e Dizzy Gillespie.
De regresso a Porto Alegre em 1956, trabalhou na Editora Globo e, a partir de 1960, fez parte do grupo musical “Renato e o seu Sexteto”. Viveu quatro anos no Rio de Janeiro onde foi tradutor, publicitário e onde se casou. Em 1967, de novo na sua terra natal, começou a trabalhar no jornal Zero Hora. As suas primeiras crónicas foram sobre futebol.
Em 1970 transferiu-se para o jornal Folha da Manhã, onde manteve uma coluna diária até 1975 sobre desportos, cinema, literatura, música, gastronomia, política e comportamentos, sempre com humor e ideias muito próprias. Em 1971 criou, com um grupo de amigos, o semanário alternativo O Pato Macho, com textos de humor, cartoons, crónicas e entrevistas.
Em 1973 publicou o seu primeiro livro “O Popular”, uma colectânea de textos já dados à estampa na imprensa, que viria a ser o formato de grande parte das suas obras.
Em 1975, regressou ao jornal Zero Hora e passou a escrever semanalmente no Jornal do Brasil. Entre 1980 e 1981, Veríssimo viveu durante 6 meses em Nova Iorque, o que mais tarde daria origem ao livro "Traçando Nova York", primeiro de uma série de livros sobre viagens.
Em 1981, o livro "O Analista de Bagé" esgotou a primeira edição em dois dias, tornando-se um fenómeno de vendas no Brasil. Em 1982 passou a publicar uma página semanal de humor na revista Veja, que manteve até 1989.
Em 1988 escreveu o seu primeiro romance “O Jardim do Diabo”. No ano seguinte começou a colaborar na página dominical do jornal “O Estado de São Paulo”. Em 1989 estreou no Rio de Janeiro o seu primeiro texto para teatro ("Brasileiras e Brasileiros") e recebeu o “Prémio Direitos Humanos” da OAB.
Em 1995, vários intelectuais brasileiros, convidados pelo suplemento "Ideias" do Jornal do Brasil, elegeram-no “Homem de Ideias do Ano”. Em 1996, recebeu a "Medalha de Resistência Chico Mendes" da ONG “Tortura Nunca Mais”, a "Medalha do Mérito Pedro Ernesto" da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro e o "Prémio Formador de Opinião" da Associação Brasileira de Empresas de Relações Públicas. Em 1997 ganhou o "Prémio Juca Pato" da União Brasileira de Escritores que o considerou “Intelectual do Ano”.
Em 2000, publicou a antologia "As Mentiras que os Homens Contam" que vendeu cerca de meio milhão de exemplares. Em 2003, resolveu reduzir o seu volume de trabalho na imprensa, passando de seis para apenas duas crónicas semanais, publicadas em Zero Hora, O Globo e O Estado de São Paulo.
A versão em inglês do seu livro "Clube dos Anjos" (The Club of Angels) foi escolhida pela New York Public Library como um dos 25 melhores livros publicados naquele ano.
Em 2004, em França, recebeu o “Prix Deux Océans” do Festival de Culturas Latinas em Biarritz.
Em 2006, foi consagrado como um dos maiores escritores brasileiros contemporâneos, tendo vendido ao todo mais de cinco milhões de exemplares dos seus livros.
Colaborou ainda nas revistas Playboy e Cláudia. Com todo este currículo, Veríssimo é um homem extremamente tímido, apesar de ser uma verdadeira «fábrica de fazer humor».
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