EFEMÉRIDE – Stéphane Mallarmé, de seu verdadeiro nome Étienne Mallarmé, poeta, ensaísta e crítico literário francês, faleceu em Valvins no dia 9 de Setembro de 1898. Nascera em Paris, em 18 de Março de 1842.
Mallarmé publicou os seus primeiros poemas na revista "Parnaso Contemporâneo", editada na capital francesa nos anos 1860. Anos depois, conheceu os poetas Rimbaud e Paul Verlaine.
Mallarmé utilizava muitos símbolos para expressar as suas ideias. Tudo o que escrevia caracterizava-se pelo ritmo, pela musicalidade, por experimentações gramaticais e por pensamentos repletos de alusões que, por vezes, tornavam os seus textos herméticos e obscuros. Foi ele no entanto que renovou a poesia francesa, influenciando ainda hoje alguns poetas.
Costumava reunir na sua casa de Paris a elite intelectual da época, para sessões de leitura e conversas sobre artes e letras. Entre os convidados, estavam frequentemente André Gide e Oscar Wilde. Os seus comentários críticos sobre literatura, arte e música estimularam notavelmente os escritores Simbolistas, bem assim como os artistas e compositores da Escola Impressionista.
Mallarmé desempenhou um papel fundamental na evolução da literatura do século XX, especialmente nas tendências Futuristas e Dadaístas. Esteve também entre os precursores da poesia Concreta, ao lado de Guillaume Apollinaire e Ezra Pound.
Stéphane Mallarmé morreu sem ter conseguido concluir a grande obra da sua vida. A “Grande Obra” era um projecto que ele revelou em cartas enviadas aos seus melhores amigos. Reformou-se por razões de saúde em 1893. No ano seguinte ainda deu conferências nas Universidades de Cambridge e de Oxford.
Um dia antes de morrer com um espasmo na laringe, Mallarmé pressentiu o fim e pediu à mulher e à filha que queimassem todos os seus escritos. Felizmente que elas não cumpriram esse desejo. As suas obras, mesmo as póstumas, continuam a ser reeditadas regularmente, decorridos mais de cem anos após a sua morte.
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