quinta-feira, 25 de setembro de 2008

EFEMÉRIDEMarion Eleanor Zimmer Bradley, escritora norte-americana, faleceu em Berkeley no dia 25 de Setembro de 1999, vítima de enfarte do miocárdio. Nascera em Albany, nos subúrbios de Nova Iorque, em 3 de Junho de 1930.
No auge da grande depressão económica dos anos 1930, os pais eram bastante pobres, não podendo portanto proporcionar-lhe uma educação esmerada. Começou a trabalhar muito novinha, chegando a ser empregada de restaurante e de limpeza. Ao completar dezasseis anos, a mãe conseguiu comprar-lhe uma máquina de escrever.
Marion começou então (1949) a escrever histórias. No início, para sobreviver, sujeitou-se a produzir uma série de romances sensacionalistas (1952). Nos anos 1950 era o que agora se chama “uma escritora de sucesso fácil”, vendendo historietas de sexo e de mistério a revistas de grande tiragem, para sustentar o marido e os filhos. Por essa altura juntou-se ao grupo de activistas lésbicas “Daugters of Bilitis”, considerada a primeira organização de direitos lésbicos nos Estados Unidos. Na década seguinte, dedicou-se à produção de romances góticos para poder tirar um curso universitário.
As suas histórias de ficção científica da série “Darkover” continuam a ter hoje numerosos admiradores. Com “As Brumas de Avalon”, que esteve três meses na lista dos bestsellers do “New York Times”, Marion tornou-se uma escritora de grande prestígio lida em todo o mundo. Através da organização de antologias encorajou também a carreira de muitos jovens autores.
Deixou mais de meia centena de livros. Entre eles, os já citados “As Brumas de Avalon” e a série “Darkover”, mas também os não menos famosos: “Presságio de Fogo”e “A Casa da Floresta”. Os seus romances estão impregnados de feminismo mais ou menos moderado.
Utilizou vários pseudónimos (Morgan Ives, Miriam Gardner, John Dexter e Lee Chapman) para escrever romances em que as figuras centrais eram homossexuais ou lésbicas e que, sendo hoje considerados relativamente anódinos, eram tidos como pornográficos nos anos 1960.
Depois do seu desaparecimento, os “direitos de autor” de toda a sua obra passaram a ser geridos por uma Fundação criada para o efeito: a “Marion Zimmer Bradley Literary Works Trust”.

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