EFEMÉRIDE – Lya Fett Luft, romancista, poetisa e tradutora brasileira, nasceu em Santa Cruz do Sul, no dia 15 de Setembro de 1938. É igualmente professora universitária e colunista da revista Veja.
Luft já traduziu para a língua portuguesa mais de uma centena de livros, entre os quais obras de autores consagrados como Virginia Woolf, Rainer Maria Rilke, Hermann Hesse, Günter Grass e Thomas Mann.
Licenciou-se em Pedagogia e Letras Anglo Germânicas, trabalhando desde os vinte anos como tradutora de alemão e inglês. Tem mestrados em Literatura Brasileira e Linguística Aplicada.
Considerada uma menina inteligente e contestatária, aos onze anos já recitava poemas de Goethe e Schiller. Aos dezanove anos converteu-se ao catolicismo, espantando os pais que eram luteranos. A família tinha-se entretanto mudado para Porto Alegre.
Lya é divorciada uma vez e viúva duas, a última das quais do primeiro marido com quem voltara a casar-se.
Começou a escrever poemas em 1964, reunidos no livro “Canções de Limiar”. Em 1972 publicou o segundo livro de poemas, intitulado “Flauta doce”. Em 1978 lançou o primeiro livro de contos “Matéria do Quotidiano”. Em 1980 estreou-se no romance, com “As parceiras”.
“O quarto fechado” de 1984 foi lançado nos Estados Unidos da América sob o título “The Island of the Dead”. Em 1996 publicou “O Rio do Meio” considerada a melhor obra de ficção do ano.
Em 2001 recebeu o Prémio União Latina de Melhor Tradução Técnica e Científica. Muitos dos seus livros estão traduzidos em alemão, inglês e italiano.
Lya Luft é conhecida pela sua luta contra os estereótipos sociais. «Essa coisa de obrigarem as pessoas a serem atletas… Hoje é quase uma obrigação: a ordem é fazer sexo sem parar, o tempo todo. A ordem é não fumar, não beber. Quem não for resistente acaba enlouquecendo. E a vida fica para trás. Hoje as pessoas estão sofrendo muito. Um sofrimento absolutamente desnecessário. Especialmente as mulheres, que fazem plástica logo que vêem uma ruga no rosto». Lya Luft deixa no entanto bem claro que nada tem contra as cirurgias plásticas, mas contra o rumo disso tudo. «Na ambição de serem sempre jovens, as mulheres acabam perdendo o próprio rosto».
Lya Luft é uma gaúcha, que faz cada vez mais o que já gostava de fazer desde muito nova: jogar com as palavras e com os personagens, criar, inventar, cismar e sondar o insondável. Não gosta de discutir teorias literárias, especialmente quando se referem à sua obra. Não quer pertencer a grupo nenhum. Quer, muito simplesmente, ser livre!
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