EFEMÉRIDE – Charles Milles Manson, de nacionalidade americana, fundador, mentor e líder de um grupo que cometeu vários assassinatos, entre eles o da actriz Sharon Tate, esposa do realizador Roman Polanski, nasceu em Cincinnati, no Ohio, em 12 de Novembro de 1934.
Era filho de uma prostituta alcoólica, que o rejeitou, e esteve várias vezes internado em reformatórios juvenis, por crimes de falsificação e roubo. Acabara de cumprir justamente uma pena de dez anos, quando formou - em 1964 - uma comunidade “estilo hippy” perto de Los Angeles. Manson tinha ideias mirabolantes e os seus seguidores consideravam-no a reencarnação de Cristo. Pelo seu carisma e com a utilização de drogas, conseguia convencer os seus adeptos que o fim do Mundo estava próximo e que os culpados eram os Negros. Seria necessário assassinar pessoas e fazer cair as culpas sobre eles.
Em Agosto de 1969, alguns dos seus seguidores invadiram a casa de Roman Polanski, em Bel Air, assassinando a sua esposa, que estava grávida, e mais quatro amigos do casal. As vítimas foram baleadas, esfaqueadas e espancadas até a morte, e o sangue usado para escrever mensagens nas paredes. Na noite seguinte, agiram da mesma maneira na casa de Rosemary e Leno LaBianca, um casal muito rico de Los Angeles, matando os dois.
O objectivo dos assassinatos planeados por Charles Manson seria provocar um conflito inter-racial que, segundo ele, levaria à maior guerra jamais vista à face da terra.
Linda Kasabian, uma das integrantes da comunidade, resolveu porém denunciar Manson e os outros responsáveis à polícia, por não concordar com os assassinatos e também para beneficiar de indultos.
Charles Manson, com 37 anos, foi preso e acusado de seis mortes, sendo levado a tribunal, embora alegasse não ter participado pessoalmente em nenhuma delas. Durante o julgamento, afirmou o seu ódio profundo pela Humanidade e apresentou-se com uma cruz gamada tatuada na testa. Ele e outros cinco foram condenados à morte em 1971. Com a mudança das leis penais no ano seguinte, a pena foi comutada em prisão perpétua.
Os seus pedidos de liberdade condicional (o último em Maio de 2007) têm sido todos recusados, continuando preso na Califórnia, numa unidade especial de isolamento, onde também se encontra o assassino de Robert Kennedy. Só poderá voltar a recorrer em 2012, terá então 78 anos.
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