EFEMÉRIDE – George Eliot, pseudónimo de Mary Ann Evans, novelista e romancista britânica, nasceu em Nuneaton, no dia 22 de Novembro de 1819. Morreu em Londres, em 22 de Dezembro de 1880.
A jovem Marian (contracção de Mary e Anne) começou muito cedo a frequentar a biblioteca do castelo onde trabalhava o seu pai. Assim fez a sua educação literária, lendo entre outros Walter Scott e Shakespeare. Aos treze anos foi enviada para uma escola de religiosas em Coventry, onde aprendeu francês. A religião passou a ter igualmente uma grande influência na sua vida.
O seu primeiro trabalho literário foi a tradução da “Vida de Jesus” de David Strauss, em 1846.
Escolheria mais tarde um pseudónimo masculino, porque «desejava que a sua obra fosse levada mesmo a sério». Havia quem dissesse porém que o facto se devia a querer resguardar a sua vida privada (e atribulada) da curiosidade do público.
Depois da morte dos pais partiu para a Suíça. Tempos mais tarde regressou a Londres e decidiu dedicar-se inteiramente à escrita. Instalou-se na casa do editor da sua tradução da “Vida de Jesus”, que acabava de comprar o jornal “The Westminster Review", e tornou-se sua assistente em 1851. Embora ele fosse casado, ela “aproximou-se” demais dele e o facto, depois de conhecido, escandalizou os meios literários londrinos.
Marian acabou por se apaixonar por Herbert Spencer, também escritor, e chefe de redacção do jornal “The Economist”. O amor não foi retribuído por ele a achar “muito feia”. Em 1854, passou a viver com o filósofo e crítico George Henry Lewes, também casado e que conhecera em 1851. Deslocou-se com ele à Alemanha, numa espécie de lua-de-mel. Marian afastou-se cada vez mais dos círculos literários e consagrou-se inteiramente aos livros, que iriam ser publicados sob o pseudónimo George Eliot.
O tema principal dos seus romances é a vida das pessoas simples, que retrata com uma fina sensibilidade, reconhecida por várias gerações de leitores. Eliot é uma das maiores escritoras da época vitoriana. Desenvolveu o método de análise psicológica, muito característico da ficção moderna. O seu livro “Middlemarch”, publicado em 1872, é considerado um dos maiores romances do século XIX.
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