EFEMÉRIDE – James Baldwin, um dos maiores escritores norte-americanos da sua geração, faleceu em Saint-Paul de Vence, França, no dia 1 de Dezembro de 1987. Nascera em Harlem, Nova Iorque, em 2 de Agosto de 1924.
Foi o primeiro escritor a “dizer aos brancos, o que os negros americanos pensavam e sentiam”. Atingiu o auge da sua fama durante a luta pelos Direitos Civis no início dos anos 1960.
Baldwin estava muito marcado pela situação dos Negros no seu país e pela sua experiência individual. O tema da discriminação, tanto de ordem sexual como racial, foi recorrente nas suas obras.
Era o mais velho dos nove filhos de Emma Berdis Jones e nunca conheceu a identidade do seu pai biológico. Foi David Baldwin, operário com quem a mãe se casou posteriormente, que o veio a adoptar. Fez os seus estudos secundários no liceu DeWitt Clinton, Bronx, e tornou-se membro da Igreja de Pentecostes no bairro de Harlem, onde começou a pregar aos catorze anos.
Embora o pai adoptivo não concordasse que ele seguisse a carreira literária, Baldwin foi apoiado nesse seu desejo por um professor e pelo próprio Presidente da Câmara de Nova Iorque. Deixou a família e instalou-se na “Greenwich Village », bairro nova-iorquino célebre pelos seus artistas e livres-pensadores.
Demonstrou logo o seu enorme talento nos primeiros livros que publicou, como por exemplo: “Go tell it on the mountain” (1953), “Giovanni's room” (1956) e “Another country” (1962).
Escreveu romances, poesias, novelas e peças de teatro. Tornou-se mais famoso, porém, pelos seus ensaios, contrariamente ao que teria desejado pois preferia ser ficcionista, considerando os ensaios como um trabalho menor.
Tomando em conta a sua homossexualidade e, desgostoso com os preconceitos que havia contra os negros e os homossexuais, acabou por abandonar os Estados Unidos fixando-se em Paris, onde passou praticamente o resto da sua vida.
Sem comentários:
Enviar um comentário