EFEMÉRIDE – Léopold Sédar Senghor, político e escritor senegalês, faleceu em Verson, França, em 20 de Dezembro de 2001. Nascera em Joal, pequena vila ao sul de Dakar, em 9 de Outubro de 1906.
Começou a estudar em instituições católicas. Em 1928 obteve uma bolsa de estudos e foi para Paris, ingressando na Sorbonne, tornando-se o primeiro africano a completar uma licenciatura naquela universidade. Começou depois uma carreira de professor de Letras Clássicas em Tours e depois na região parisiense.
Durante a Segunda Guerra Mundial esteve preso durante dois anos em vários campos de concentração nazis, dedicando-se a escrever ensaios e poemas que só seriam publicados após a Libertação
Depois da guerra, retomou o ensino e, entre 1948 e 1958, foi deputado na Assembleia Nacional Francesa.
Como escritor, desenvolveu a Negritude, movimento literário que exaltava a identidade negra, lamentando o impacto negativo que a cultura europeia tivera nas tradições africanas. Notabilizou-se sobretudo na Poesia.
Quando foi proclamada a independência do Senegal, em 1960, Senghor foi eleito Presidente da República, tendo desempenhado o cargo até ao final de 1980, graças a reeleições sucessivas. É autor do hino nacional senegalês.
Defensor do socialismo aplicado à realidade africana, tentou desenvolver a agricultura, combater a corrupção e manter uma politica de cooperação com a França. Instaurou no seu país um sistema político multipartidário.
Foi eleito para a Academia Francesa em 1983. Quando da sua morte em 2001, o Presidente francês Jacques Chirac disse que «A poesia perdera um mestre, o Senegal um homem de estado, a África um visionário e a França um amigo».
Recebeu durante a sua vida inúmeras condecorações, foi doutorado Honoris Causa por trinta e sete universidades e foi membro de muitas Academias estrangeiras. Ganhou prémios literários sem conta e o seu nome foi dado a universidades, colégios, liceus, ruas e espaços culturais, sobretudo em países africanos e em França.
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