EFEMÉRIDE – Tônia Carrero, de seu verdadeiro nome Maria Antonieta Portocarrero Thedim, actriz brasileira, nasceu no Rio de Janeiro em 23 de Agosto de 1922.
Após uma longa carreira, é considerada uma das mais consagradas actrizes do Brasil, com notáveis interpretações no cinema, no teatro e na televisão.
Licenciada em educação física, acabou por se formar como actriz em cursos frequentados em Paris, onde aperfeiçoou igualmente o francês e o ballet. Ao voltar ao Brasil, protagonizou o filme “Querida Suzana”. Os jornais noticiaram então que «tinha nascido uma nova estrela». Foi efectivamente a estrela da Companhia Cinematográfica Vera Cruz-São Bernardo do Campo - SP, tendo actuado com êxito em diversas películas, como “Tico-tico no fubá” e “É proibido beijar”.
A sua estreia no teatro teve lugar no Teatro Brasileiro de Comédia em São Paulo, com a peça “Um Deus Dormiu Lá em Casa”, onde contracenou com Paulo Autran. Formou depois com o seu marido na época, o italiano Adolfo Celi, e com o amigo Paulo Autran, a Companhia Celi-Autran-Carrero que nos anos 1950 e 1960 revolucionou o teatro brasileiro, ao apresentar um repertório com peças de autores clássicos, como Shakespeare e Carlo Goldoni, e de vanguarda, como Sartre.
Na televisão, um dos seus personagens mais marcantes foi a sofisticada e encantadora Stella Fraga Simpson em “Água Viva” (1980), de Gilberto Braga. Tônia voltaria a trabalhar com este autor em 1983, na novela “Louco Amor”, interpretando dessa vez a não menos charmosa e chique Mouriel. Os dois personagens que interpretou tiveram grande sucesso.
Tônia Carrero é uma mulher linda ainda e sobretudo inteligente, que sabe entender as coisas e analisá-las. Sabe, por exemplo, que a carreira de actriz no Brasil tem altos e baixos e que às vezes os textos são bons mas outras vezes são maus.
Recebeu inúmeros prémios e comendas, sendo agraciada com a “Legião das Artes e das Letras” de França. Para ela, porém, o verdadeiro prémio da sua vida foi o filho maravilhoso e inteligente que tem e que já lhe deu netos e bisnetos. Tônia foi casada três vezes e foi muito feliz com os seus amores. Sempre homens inteligentes que muito a ensinaram, segundo ela afirma. Quando lhe perguntam se é vaidosa, responde: «A minha vaidade é melhorar cada vez mais como ser humano, capaz de olhar para os outros e não apenas para o próprio umbigo. Disso eu sou vaidosa. Sempre procurei crescer. E continuo a procurar…».
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