EFEMÉRIDE
– Jacques Amyot, prelado e escritor francês, nasceu em Melun no dia 30 de
Outubro de 1513. Morreu em Auxerre, em 6 de Fevereiro de 1593. Foi um dos
tradutores mais eminentes da Renascença.
Nascido
numa família pobre, conseguiu no entanto ir estudar para Paris, no colégio
de Navarra, dando simultaneamente explicações aos estudantes ricos, para
poder subsistir.
Estudou
depois na Universidade de Paris, onde se licenciou, tornando-se mestre
de Artes. Decidiu continuar os estudos na Universidade de Bourges,
onde veio a ensinar grego e latim de 1536 a 1546. Tendo traduzido “Etiópias”
de Heliodoro, foi distinguido por Francisco I, que lhe deu a Abadia de
Bellozane e o encarregou de traduzir Plutarco para francês. Viveu, então, algum
tempo em Itália, onde compulsou manuscritos gregos e latinos e participou no Concílio
de Trento. Estudou os textos de Plutarco conservados no Vaticano.
Ao
voltar a França, foi nomeado preceptor dos futuros Carlos IX e Henrique III. Deve-se
a ele a tradução de sete obras de Diodoro de Sicília (1554). Publicou em 1559 a tradução de “Dáfnis
e Cloé” de Longo e as “Vidas Paralelas de Homens Ilustres” de
Plutarco. Capelão-mor de França em 1560 e bispo de Auxerre em 1570, dividiu o
resto da sua vida entre a diocese, onde combateu o protestantismo, e a
vida literária, traduzindo e publicando, entre outras, as “Obras Morais”
de Plutarco (1572). Fundou um colégio de jesuítas em 1584 (actual Liceu
Jacques Amyot em Auxerre).
Jacques
Amyot influenciou profundamente o espírito e a literatura do século XVI. Deu a
conhecer no seu país as obras de Plutarco e de outros escritores e, com a
beleza da sua escrita e a clareza e o vigor do seu estilo, anunciou a prosa
clássica. Montaigne (1533-1592) agradeceu-lhe, numa das suas obras, por «ele
ter ensinado aos seus contemporâneos como se devia escrever».
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