EFEMÉRIDE - Edward Albee,
dramaturgo norte-americano, morreu em Montauk (Nova Iorque) no dia 16 de
Setembro de 2016. Nascera em Washington, em 12 de Março de 1928.
As suas peças, de carácter psicológico, analisam e desmascaram as crises do homem e da sociedade actual. Viveu no seio de uma família rica, que estava envolvida na gestão de teatro de vaudeville, e a casa era frequentada por performers aposentados. Edward era filho adoptivo e nunca se sentiu confortável com os pais. Interessou-se desde cedo pelas artes, descobrindo a poesia quando tinha nove anos. Lembrava-se de ter sido admoestado por ter retirado um livro da biblioteca familiar.
Por ser adoptado, tinha a sensação de não ter uma relação familiar por inteiro. Sentia-se como se fosse uma visita permanente.
Aos treze anos, foi para Greenwich Village que, para ele, era o local onde estavam as pessoas interessantes. Completou a sua educação visitando os grandes pintores abstractos e expressionistas. Ouvia também toda a música contemporânea e via espectáculos na Broadway, sem falar nos livros e na convivência com escritores.
A sua primeira peça foi feita em duas semanas. Chamou-lhe “Zoo Story” (1958). Albee dizia que escrevia as suas peças com aquilo que tinha na cabeça, coisas simples, fáceis e verdadeiras. «Não sou um dramaturgo didáctico», dizia. Acreditava que algumas das suas melhores peças foram as menos populares. Preferia pequenas audiências, pequenos teatros, público atento e quanto mais jovem, melhor.
Segundo ele, qualquer arte deve ter a sua utilidade. Se é meramente decorativa é perda de tempo. Um livro, uma peça, uma pintura, uma música, deve expandir os horizontes, fazer pensar de modo diferente, pensar com maior vigor, numa experiência útil, senão será apenas perda de tempo.
A sua maior preocupação com os rumos da América, no início do século XXI, eram os perigos contra a democracia devido a um eleitorado que vota de uma maneira por vezes mesquinha. Muitos dos votos não se preocupam com a maioria da sociedade. Isto pode matar a democracia muito rapidamente. A forma de Albee contribuir para que isto não aconteça estava em persuadir as pessoas a manterem-se atentas, não se venderem nem se comprometerem. Encorajava-as a fazerem isto, para que haja sempre esperança.
Para as gerações de escritores deixou o recado de buscarem na própria mente e imaginarem o que querem fazer com a vida, de uma forma real, e que percebam quem realmente são. Que não percam tempo a fazer algo que os aborreça, que seja fútil ou pura perda de tempo. A vida, o bem mais precioso, deve ser utilizada da melhor forma.
Obras suas foram premiadas com 3 Prémio Pulitzer (1967, 1975 e 1994). É de sua autoria a conhecida peça “Quem tem medo de Virgínia Woolf?”, publicada em 1963 e depois adaptada ao cinema (1969).
Ganhou um Tony Award de Melhor Peça do Ano em 2002, com a peça “The Goat or Who is Sylvia?”, que teve 309 representações. Em 2005, recebeu ainda um Special Award for Tony Lifetime Achievement.
As suas peças, de carácter psicológico, analisam e desmascaram as crises do homem e da sociedade actual. Viveu no seio de uma família rica, que estava envolvida na gestão de teatro de vaudeville, e a casa era frequentada por performers aposentados. Edward era filho adoptivo e nunca se sentiu confortável com os pais. Interessou-se desde cedo pelas artes, descobrindo a poesia quando tinha nove anos. Lembrava-se de ter sido admoestado por ter retirado um livro da biblioteca familiar.
Por ser adoptado, tinha a sensação de não ter uma relação familiar por inteiro. Sentia-se como se fosse uma visita permanente.
Aos treze anos, foi para Greenwich Village que, para ele, era o local onde estavam as pessoas interessantes. Completou a sua educação visitando os grandes pintores abstractos e expressionistas. Ouvia também toda a música contemporânea e via espectáculos na Broadway, sem falar nos livros e na convivência com escritores.
A sua primeira peça foi feita em duas semanas. Chamou-lhe “Zoo Story” (1958). Albee dizia que escrevia as suas peças com aquilo que tinha na cabeça, coisas simples, fáceis e verdadeiras. «Não sou um dramaturgo didáctico», dizia. Acreditava que algumas das suas melhores peças foram as menos populares. Preferia pequenas audiências, pequenos teatros, público atento e quanto mais jovem, melhor.
Segundo ele, qualquer arte deve ter a sua utilidade. Se é meramente decorativa é perda de tempo. Um livro, uma peça, uma pintura, uma música, deve expandir os horizontes, fazer pensar de modo diferente, pensar com maior vigor, numa experiência útil, senão será apenas perda de tempo.
A sua maior preocupação com os rumos da América, no início do século XXI, eram os perigos contra a democracia devido a um eleitorado que vota de uma maneira por vezes mesquinha. Muitos dos votos não se preocupam com a maioria da sociedade. Isto pode matar a democracia muito rapidamente. A forma de Albee contribuir para que isto não aconteça estava em persuadir as pessoas a manterem-se atentas, não se venderem nem se comprometerem. Encorajava-as a fazerem isto, para que haja sempre esperança.
Para as gerações de escritores deixou o recado de buscarem na própria mente e imaginarem o que querem fazer com a vida, de uma forma real, e que percebam quem realmente são. Que não percam tempo a fazer algo que os aborreça, que seja fútil ou pura perda de tempo. A vida, o bem mais precioso, deve ser utilizada da melhor forma.
Obras suas foram premiadas com 3 Prémio Pulitzer (1967, 1975 e 1994). É de sua autoria a conhecida peça “Quem tem medo de Virgínia Woolf?”, publicada em 1963 e depois adaptada ao cinema (1969).
Ganhou um Tony Award de Melhor Peça do Ano em 2002, com a peça “The Goat or Who is Sylvia?”, que teve 309 representações. Em 2005, recebeu ainda um Special Award for Tony Lifetime Achievement.
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