terça-feira, 11 de setembro de 2018

11 DE SETEMBRO - PETER TOSH\


EFEMÉRIDE - Peter Tosh, de seu verdadeiro nome Winston Hubert McIntosh, músico jamaicano, pioneiro do reggae/ska, morreu em Westmoreland no dia 11 de Setembro de 1987. Nascera em Grange Hill, em 19 de Outubro de 1944. Ficou conhecido também pela sua militância em prol dos direitos humanos e da legalização da maconha.
Dotado para a música, cantava e tocava piano nas missas de domingo. Educado pela mãe e por uma tia (o pai era pastor), aprendeu a tocar guitarra aos dez anos, só de olhar para os toques de um vizinho agricultor.
Aos quinze anos, Tosh mudou-se para Trenchtown, em Kingston. Começou a cantar e a tocar guitarra em público, inspirado pelas estações americanas que ele conseguia sintonizar no seu rádio. No começo dos anos 1960, conheceu Bob Marley e Bunny Livingston, formando o grupo Wailing Wailers. Depois de Marley voltar dos Estados Unidos em 1966, os três passaram a envolver-se com a religião rastafári, mudando o nome da banda para The Wailers.
Conseguiram um contrato com a Island Records, lançando os álbuns “Catch a Fire” em 1972 e “Burnin” em 1973. Neste mesmo ano, Tosh envolveu-se num grave acidente automobilístico. O seu carro caiu de uma ponte, matando a sua namorada e deixando-o com uma fractura no crânio. Ele sobreviveu, mas tornou-se uma pessoa ainda mais difícil para lidar. Depois do presidente da Island, Chris Blackwell, se recusar a lançar um seu disco a solo, em 1974, Tosh e Bunny deixaram os Wailers, por causa do tratamento injusto que recebiam de Blackwell, que Tosh considerava «pior que os brancos».
Lançou o seu disco a solo, “Legalize It”, em 1976, através da CBS. A faixa-título logo se tornaria o hino do movimento pró-maconha, além de ser a favorita nos shows de Tosh. Também foi o single mais vendido no país, a despeito da proibição de ser tocado nas rádios. Sempre mostrando o seu lado militante, lançou o álbum “Equal Rights” em 1977, tentando obter o reconhecimento das massas e, ao mesmo tempo, manter o seu ponto de vista militante. Não foi muito bem-sucedido, principalmente em comparação com o sucesso obtido pelo seu ex-parceiro Bob Marley.
No final dos anos 1970, lançou os discos “Bush Doctor” e “Mystic Man” e, em 1981, “Wanted Dread And Alive”, álbuns que não foram muito aclamados pelo público. Os três álbuns foram lançados pela gravadora dos Rolling Stones, a Rolling Stones Records. Mick Jagger e Keith Richards, dos Rolling Stones, participaram nas gravações de “Bush Doctor”. Em 1981, Tosh actuou no videoclipe da música “Waiting on a friend” dos Rolling Stones.
Depois do lançamento de “Mama Africa” em 1983 (onde está incluído o seu maior sucesso, a regravação da canção clássica do roqueiro norte-americano Chuck Berry, “Johnny B. Goode”), Peter Tosh entrou num auto-imposto exílio, procurando auxílio espiritual de curandeiros africanos, enquanto tentava livrar-se de um contrato de distribuição dos seus discos na África do Sul.
Em 1987, a carreira de Peter Tosh parecia estar a voltar ao sucesso. Naquele ano, recebeu um Grammy de Melhor Performance de Reggae, com o álbum “No Nuclear War”. No entanto, no dia 11 de Setembro, logo após Tosh ter voltado à Jamaica, um gang de três homens invadiu a sua casa exigindo dinheiro. Tosh disse que não tinha, mas eles não acreditaram e permaneceram várias horas na casa, torturando-o. Quando os amigos de Tosh começaram a chegar à casa, para o cumprimentarem pelo seu regresso, o líder do gang ficou mais nervoso e acabou por disparar, matando Tosh. Tratava-se de Dennis “Leppo” Lobban, um homem de quem Peter Tosh havia ficado amigo e ajudado mesmo a encontrar emprego, depois de cumprir uma longa sentença na cadeia. Leppo entregou-se às autoridades.
Peter foi sepultado no seu mausoléu no dia seguinte. O assassino foi condenado à morte, mas a pena foi alterada para prisão perpétua. Continua até hoje na prisão. Nenhum dos seus dois cúmplices foi detido ou identificado.

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