domingo, 23 de setembro de 2018

23 DE SETEMBRO - ARLINDO ROCHA


EFEMÉRIDE - Arlindo Gonçalves da Rocha, escultor português, nasceu no Porto em 23 de Setembro de 1921. Morreu em 1999.
É um pioneiro da escultura abstracta em Portugal, podendo ser considerado - ao lado de Jorge Vieira, Manuel Pereira da Silva e Fernando Fernandes - como uma das personalidades mais influentes do movimento que emancipou a escultura da sua vocação estatuária.
Foi um dos membros do Grupo Independentes, com exposições no Porto, Lisboa, Coimbra, Leiria e Braga (entre 1943 e 1950).
Formou-se em Escultura na Escola Superior de Belas Artes do Porto, em 1945, realizando depois um estágio na Missão Estética de Férias.  Em 1953, obteve uma bolsa do Instituto de Alta Cultura, para Itália, e - em 1959- uma bolsa da BCG para o Egipto, Grécia e visita aos principais museus da Europa.
Em 1954, expôs individualmente em Lourenço Marques (actual Maputo) e na Beira em Moçambique, para o que contou com o patrocínio do Ministério do Ultramar. 
Em 1957, esteve presente na I Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, e participou no concurso para o Monumento ao infante D. Henrique a ser erguido em Sagres.
Em 1958, produziu “Poesia” e foi convidado a fazer parte da representação portuguesa à Exposição Internacional de Bruxelas, na qual receberia a medalha de prata. Foi premiado com o Prémio do Salão dos Novíssimos, em 1959. Ainda neste ano, exibiu “Ritmo de Primavera”, alcançando o Prémio de Arte Moderna, em Viana do Castelo.
Em 1961, na II Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian, apresentou “Ciência” (1956/1960), uma peça inovadora em metal branco e estanhado, que abriu caminho à abordagem geométrica da forma.
Nos anos seguintes, esteve presente em importantes certames artísticos, como a I Exposição dos Artistas Premiados nos Salões dos Novíssimos, em Lisboa, a VIII Bienal de Arte de São Paulo (1965), a exposição Levantamento da Arte do século XX no Porto, patente no Museu Nacional de Soares dos Reis (1975), e a exposição Aspectos da Arte Abstracta em Portugal, na SNBA, em Lisboa (1981).
A par dos seus notáveis trabalhos originais, que lhe garantiram um lugar de destaque no panorama da Escultura nacional, desenvolveu, também, obras figurativas para responder a encomendas nas áreas da arte pública, da medalhística e da arte sacra.
A partir dos anos 1980, aproximou-se do movimento Construtivista, produzindo obras que fundem escultura e arquitectura, nomeadamente as peças que mostrou na IV Bienal Internacional de Arte de Vila Nova de Cerveira, e peças que homenageiam grandes figuras da cultura nacional: “Homenagem a Florbela Espanca” e “Homenagem a António Aleixo”, de 1985,” e “Homenagem a Camilo”, de 1987, exibidas na II Bienal das Caldas da Rainha.
Arlindo Rocha está representado no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, no Museu Amadeo de Souza-Cardoso, em Amarante, e na Secretaria de Estado da Cultura, em Lisboa.

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