Em 1947, com apenas 15 anos de
idade, venceu 3 circuitos (Circuito Amador de Lajes de Silgueiros, Circuito
Amador de Tondela e Circuito Amador de Lajeosa do Dão) para iniciados,
na sua terra natal.
Em 1948, foi campeão das escolas
de ciclismo do Sporting CP para iniciados na modalidade. Começou
a sua carreira no ano de 1949, finalizando-a em 1960, sempre ao serviço do Sporting.
Filho do ciclista Joaquim Raposo
e irmão de outros três praticantes da modalidade (Júlio, Alberto e Rui), o
jovem Américo - desde muito novo - apaixonou-se pelas bicicletas e, enquanto
ouvia as histórias do seu pai e assistia às corridas do seu irmão Alberto,
sonhava vir a ser um ciclista famoso.
Com 16 anos de idade, veio para
Lisboa e logo decidiu que a sua profissão seria mecânico de bicicletas. Assim,
arranjou emprego na Velocipédica Leonina, situada ao pé do Campo do
Sporting e que tinha como proprietários António Germano, um grande “leão”,
e Júlio Mourão.
Entrou então para a Escola de
Ciclismo do Sporting, onde inicialmente foi orientado por João
Lourenço, mas foi do “Mestre” Eduardo Lopes (como o apelidava), que
recebeu os ensinamentos que o tornaram num dos melhores sprinters de sempre em
Portugal, quase imbatível em pista, formando - com Pedro Polainas - uma temível
dupla.
Foi necessária uma autorização
especial para que começasse a competir oficialmente e ganhou logo algumas
corridas, sagrando-se Campeão Regional de Velocidade em 1950.
1951 foi o ano da sua afirmação, em
que - depois de se sagrar Campeão Regional de Fundo na categoria de Amadores
e de participar no Campeonato do Mundo de Pista em Milão (Velódromo
Vigorelli) - foi promovido à categoria de Independentes, sagrando-se
logo Campeão Regional e Nacional de Velocidade. Ao todo,
viria a somar 28 títulos de Campeão de Velocidade e de Fundo.
Estreou-se na Volta a Portugal
em 1952 e vestiu logo a Camisola Amarela ao vencer brilhantemente o Circuito
da Pista do Lima no Porto. A excitação do feito não o deixou dormir nessa
noite e, no dia seguinte, não resistiu ao Marão, mas no final da Volta
foi o melhor elemento do Sporting terminando no 10º lugar da Geral,
tendo ainda ganho mais uma etapa.
Defrontou na sua carreira vedetas
como Anquetil, Bobet, Bahamontes, Muller, Kubler e Poblet, entre outros. Em
1954, ganhou a clássica corrida Porto-Lisboa.
Após terminar a carreira de
ciclista, foi treinador do Sporting, altura em que descobriu João Roque.
Em 1961, sob o seu comando técnico, a equipa do Sporting venceu
colectivamente a Volta a Portugal, facto que não acontecia há 20 anos.
Depois de deixar definitivamente o ciclismo, dedica-se a tempo inteiro à sua profissão de gravador-medalhista, tornando-se num dos maiores de sempre, senão mesmo o maior de Portugal, colaborando com os mais renomados escultores portugueses, como o Prof. Esc. Fernando Conduto, Prof. Esc. Domingos Soares Branco, D. Thomaz de Mello, Luz Correia, José João de Brito e Rui Chafes, entre outros. Foi homenageado pela Câmara Municipal de Tondela, em 1990 e 2001.
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