Peggy começou a sua carreira, interpretando
variados papéis do repertório shakespeariano, nos teatros londrinos. Com uma
voz suave, logo se destacou entre o público e a crítica, mas fez questão de não
ficar conhecida apenas por interpretar um repertório clássico.
Depois de protagonizar todas as
grandes personagens femininas criadas por Shakespeare, resolveu aceitar um
papel numa peça bem comercial, a comédia “Edward, My Son”, que obteve um
estrondoso sucesso popular.
No cinema, estreou com “39
Degraus”, um dos primeiros filmes de Hitchcock, em 1935, mas só veio a
chamar a atenção da crítica em 1959, quando fez o papel de uma freira, que dava
conselhos à personagem de Audrey Hepburn, em “Uma Cruz à Beira do Abismo”.
Fez ainda filmes importantes como
“Cerimónia Secreta” (1968) e “Domingo Maldito” (1971), mas foi no
papel de Mrs. Moore, uma velha senhora inglesa, em “Passagem para a Índia”,
de David Lean, que ela conquistou o mundo e recebeu o Oscar de Melhor Actriz
coadjuvante de 1984.
Peggy coleccionou quase todos os
prémios que podem ser dados a uma actriz nos palcos ingleses, o último deles foi
recebido pouco antes de sofrer a embolia cerebral que a matou, aos 83 anos de
idade. Está sepultada na Abadia de Westminster.
Em 1951, recebeu o título de Comandante do Império Britânico. Em 1986, foi distinguida com a Coipa Volpi de Melhor Interpretação Feminina.
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