Arquétipo do artista engajado,
admirador do poeta Louis Aragon, era próximo das ideias comunistas, embora
crítico do Partido Comunista Francês e da URSS. Estava pouco presente nos
órgãos de informação. Apesar de ter abandonado as suas apresentações públicas
em 1973, tinha muito sucesso tanto comercial como entre os críticos.
Era o mais novo dos quatro filhos
de uma modesta família judia, que se mudou para Versailles em 1935. O pai era
russo e, durante a Segunda Guerra Mundial, foi deportado para Auschwitz,
onde morreu. Ferrat deixou a escola para ajudar a família.
Começou a sua carreira no início
dos anos 1950, num cabaré parisiense. Em 1956, musicou um poema de Louis
Aragon, “Les yeux d’Elsa” (“Os olhos de Elsa”), cuja interpretação,
por André Claveau, trouxe a Ferrat algum reconhecimento como compositor.
O seu primeiro disco, um single de
45 RPM, foi lançado em 1958, sem grande sucesso.
Somente em 1959, com o editor
Gérard Meys, que também se tornou seu amigo e sócio, a sua carreira começou a desabrochar.
Assinou um contrato com a Decca e lançou o seu segundo single, “Ma
Môme”, em 1960, sob a direcção musical de Meys.
Em 1961, casou com a cantora
Christine Sèvres, que cantava algumas das suas canções. Também conheceu Alain
Goraguer, que se tornou arranjador das suas canções. O seu primeiro álbum, “Deux
Enfants du Soleil”, foi lançado naquele ano.
“Nuit et Brouillard”,
lançado em 1963, recebeu o Grand Prix du Disque da Academia Charles
Cros.
Jean Ferrat parou de se
apresentar nos palcos em 1973. Em 1990, recebeu um prémio da Sociedade dos
Autores, Compositores e Editores de Música de França.
Faleceu em 2010, após uma longa
enfermidade. Tinha 79 anos.
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