EFEMÉRIDE – Vicente da Câmara, fadista português, nasceu em Lisboa no dia 7 de Maio de 1928.
Começou a ver o Mundo no seio de uma família aristocrata, filho de D. João da Câmara, notável figura da rádio portuguesa. Cresceu sob a influência de uma educação indelevelmente marcada pelo fado, em particular por parte da sua tia Maria Teresa de Noronha e de D. João do Carmo de Noronha, seu tio-avô. Mais tarde viria a dizer: «O que é a aristocracia? - A aristocracia tanto pode estar no povo como noutra coisa qualquer. (...) O aristocrata é aquele que sobressaiu na vida».
Foi muito naturalmente que entrou nos meandros do fado, tendo ganho um concurso, que lhe abriu as portas da Emissora Nacional aos 20 anos. Dois anos mais tarde assinou o primeiro contrato discográfico com a editora Valentim de Carvalho e, a partir daí, gravou grandes êxitos.
Adepto do fado castiço, o mais tradicional de Lisboa, era um grande improvisador e destacou-se pela sua voz timbrada e pela naturalidade das suas interpretações, com uma clara articulação de cada palavra.
Durante uma entrevista, insurgiu-se contra as conotações políticas e afirmou que «o fado é uma música pobre e é na pobreza que reside a sua riqueza, grandeza, liberdade e valor».
Insurgia-se contra os fadistas conservadores. que apenas imitavam os fados clássicos. Ficou para a posteridade o seu maior sucesso: “A moda das tranças pretas” que constituiu, entre outros fados do seu repertório, um ex-líbris do fado castiço. Segundo a história, tê-lo-á composto entre 1955 e 1956 num quarto de hotel em Santarém. Em 1967 assinou um contrato com a Rádio Triunfo.
Na década de 1980, já com algumas digressões internacionais no seu curriculum, o fado começou a atrair as atenções do Oriente e ele foi actuar várias vezes no continente asiático. Em 1989 festejou os quarenta anos de carreira num grande espectáculo no Cinema Tivoli.
Pai do também fadista José da Câmara, é um dos poucos fadistas que restam da geração do fado aristocrata. Em 2007 o seu trabalho ficou imortalizado no filme “Fados” de Carlos Saura.
Dedicou-se durante muitos anos à actividade de inspector numa companhia petrolífera e à sua casa de antiguidades. Esta independência profissional em relação ao fado é paradigmática do seu espírito livre e desapegado. Na década de 90 continuou ainda a dar espectáculos com regularidade, nomeadamente no estrangeiro, e a gravar vários fados. Completa hoje 81 anos, sendo uma figura incontornável da canção tradicional portuguesa.
Começou a ver o Mundo no seio de uma família aristocrata, filho de D. João da Câmara, notável figura da rádio portuguesa. Cresceu sob a influência de uma educação indelevelmente marcada pelo fado, em particular por parte da sua tia Maria Teresa de Noronha e de D. João do Carmo de Noronha, seu tio-avô. Mais tarde viria a dizer: «O que é a aristocracia? - A aristocracia tanto pode estar no povo como noutra coisa qualquer. (...) O aristocrata é aquele que sobressaiu na vida».
Foi muito naturalmente que entrou nos meandros do fado, tendo ganho um concurso, que lhe abriu as portas da Emissora Nacional aos 20 anos. Dois anos mais tarde assinou o primeiro contrato discográfico com a editora Valentim de Carvalho e, a partir daí, gravou grandes êxitos.
Adepto do fado castiço, o mais tradicional de Lisboa, era um grande improvisador e destacou-se pela sua voz timbrada e pela naturalidade das suas interpretações, com uma clara articulação de cada palavra.
Durante uma entrevista, insurgiu-se contra as conotações políticas e afirmou que «o fado é uma música pobre e é na pobreza que reside a sua riqueza, grandeza, liberdade e valor».
Insurgia-se contra os fadistas conservadores. que apenas imitavam os fados clássicos. Ficou para a posteridade o seu maior sucesso: “A moda das tranças pretas” que constituiu, entre outros fados do seu repertório, um ex-líbris do fado castiço. Segundo a história, tê-lo-á composto entre 1955 e 1956 num quarto de hotel em Santarém. Em 1967 assinou um contrato com a Rádio Triunfo.
Na década de 1980, já com algumas digressões internacionais no seu curriculum, o fado começou a atrair as atenções do Oriente e ele foi actuar várias vezes no continente asiático. Em 1989 festejou os quarenta anos de carreira num grande espectáculo no Cinema Tivoli.
Pai do também fadista José da Câmara, é um dos poucos fadistas que restam da geração do fado aristocrata. Em 2007 o seu trabalho ficou imortalizado no filme “Fados” de Carlos Saura.
Dedicou-se durante muitos anos à actividade de inspector numa companhia petrolífera e à sua casa de antiguidades. Esta independência profissional em relação ao fado é paradigmática do seu espírito livre e desapegado. Na década de 90 continuou ainda a dar espectáculos com regularidade, nomeadamente no estrangeiro, e a gravar vários fados. Completa hoje 81 anos, sendo uma figura incontornável da canção tradicional portuguesa.
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