quinta-feira, 14 de abril de 2011

EFEMÉRIDEMaurice Druon, escritor e homem político francês, morreu em Paris no dia 14 de Abril de 2009. Nascera, também na capital francesa, em 23 de Abril de 1918.

Druon era sobrinho do escritor Joseph Kessel, com quem escreveu o “Chant des Partisans”, que serviu de hino aos movimentos da Resistência durante a ocupação alemã.

Passou a infância na Normandia e fez os seus estudos secundários no Liceu Michelet. Começou a publicar aos 18 anos, em revistas e jornais literários, estudando simultaneamente Ciências Políticas (1937-1939).

Seguiu o Curso de Oficial de Cavalaria na Escola Saumur (1940) e, após a desmobilização, permaneceu na zona livre, onde fez representar a sua primeira peça de teatro (“Mégarée”).

Depois do Armistício (1941), ingressou na Resistência. Deixou a França em 1942, atravessando clandestinamente os Pirenéus, a Espanha e Portugal, onde embarcou num hidroavião para Londres, a fim de ingressar nas fileiras dos serviços de informações da chamada “França Livre” e trabalhar com De Gaulle. Tornou-se Ajudante de Campo do General François d’Astier de La Vigerie. Seguidamente foi adido do programa “Honra e Pátria” da BBC.

A partir de 1946 consagrou-se à carreira literária, recebendo o Prémio Goncourt com a sua novela “As Grandes Famílias” (1948). Publicou, a partir de 1955, os sete volumes de “Reis Malditos”, obra adaptada à televisão em 1973 e que lhe deu notoriedade internacional. Era também conhecido mundialmente pela sua única obra infanto-juvenil, “Tistou les pouces verts”, publicada em 1957.

Depois de receber vários galardões prestigiosos, entre os quais o “Prémio Pedro do Mónaco” pelo conjunto da sua obra (1966), foi eleito para a Academia Francesa. Secretário perpétuo da instituição a partir de 1985, decidiu em 1999 renunciar a esta função e ceder o lugar a Hélène Carrère d’Encausse.

Em 1973/1974 foi Ministro da Cultura francês. Logo após assumir o cargo, declarou não ter intenções de entregar verbas do governo a «subversivos, pornógrafos ou intelectuais terroristas». Com isto levantou contra si os protestos de milhares de artistas, escritores e políticos, sendo apelidado de “ditador intelectual”.

Mais tarde, foi deputado por Paris e ocupou diversas funções políticas e diplomáticas. Maurice Druon recebeu a Medalha da França Livre e a Grã-Cruz da Legião de Honra, era Comendador das Artes e das Letras e titular de condecorações de muitos países estrangeiros. Recebeu doutoramentos honoris causa das Universidades de York (Toronto), de Boston (Estados Unidos) e de Tirana (Albânia). Foi galardoado com a Ordem da Amizade dos Povos da Rússia.

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